sexta-feira, 3 de abril de 2009

A vida é uma questão de… tempo


Após algum tempo sem escrever, parece que voltei a ter tempo para continuar a fazer suceder palavras para pôr em prosa pensamentos a “destempo”.

Enquanto o tempo passa, andamos… segundo o tempo: solarengos, nublados, com dias de nevoeiro e, depois, os fatídicos (mas frescos) dias de aguaceiros.

Felizmente que a maioria das pessoas que conheço vive num eterno Verão, ou numa Primavera latente (aqueles solarengos mas que também fazem o meu sistema imunitário reagir sob a forma de espirro). Esta época primaveril faz da sociedade um conjunto de seres mais “despertos” e sociáveis, dispostos a passar tempo…quando antes se “perdia tempo”, não se tinha tempo que chegasse para nada, nem mesmo para fugir ao frio.

Esta coisa do tempo, que vai além do piscar dos “dois pontos” do universo relojoeiro digital ou do tradicional ponteiro que não pára, tem as suas fases cíclicas, a fase reservada para os amigos, a fase reservada à família, a fase sem tempo para ter tempo e, ainda, a fase destinada às coisas que fazem de nós mais que seres-vivos, algo que designaria como seres-activos, pró-vivos!

Actualmente (e agora tenho o meu momento mais introspectivo) acho que há aqueles para quem tenho muito pouco tempo, aqueles que nem tempo tenho…e há ainda uma facção para quem queria ter mais tempo para usufruir da sua companhia, mas as circunstâncias limitam-nos a umas 24h diárias que felizmente não são ampliadas porque suponho que iríamos aumentar as nossas ocupações e manter (com sorte) ou reduzir o tempo disponível, livre, liberto de “pré-ocupações”.

Porque já é tempo de parar com escritas e permitir que a vida se desprenda de caracteres físicos e volte aos metafísicos, anexo a este post uma música que não ouvia…”há tempos”.