segunda-feira, 21 de julho de 2008

Veraneios


Verão, calor, sol, praia… vida em tons ruborizados do sol…do calor… do “ar quente” que nos eleva a existência do ser.

Tanto calor…suores… desesperos suados por uma brisa fresca, uma ondulação batida a ritmo num paredão irregular e quase sem forma que nos faz, finalmente, sentir uma frescura longínqua que, como diriam os matemáticos, “tende para infinito” mas que está mesmo ali ao nosso alcance.

Esta é a época em que foguetes sobem no ar (iguais aos de sempre?) provocando um exercício de movimentação da musculatura do pescoço de forma a permitir que os olhares curiosos possam admirar tal espectáculo, sempre na expectativa de visualizar algo novo, minimamente diferente.

São músicas que surgem, ressurgem e fazem os corpos repetir coordenada ou descoordenadamente as batidas de uma bateria intensa ou um solo de guitarra num movimento de amplitude dos braços com uma guitarra virtual junto ao corpo e com cordas fáceis de dedilhar em acordes nunca antes imaginados que acompanham letras mais ou menos lógicas e mais ou menos fieis ao original ou, então, com sonoros “na, na, na, na” que substituem qualquer poema de difícil repetição.


Falta agora ver o Verão e esperar novidades…. das “frescas”.

sábado, 5 de julho de 2008

Wind of change



Vento, brisa, aragem, zéfiro …ou simplesmente ar com mais ou menos movimento é o responsável por fazer secar a fonte que outrora foi de água mas que agora é de vazio…de ideias! Como que um vento norte (claro que teria de ser proveniente deste ponto cardeal…) assolou o meu “país das cogitações” e varreu quase por completo as ideias, tendo ficado apenas a vontade de escrever. Ficou como que um pequeno sopro fresco a tentar combater um ar pesado, húmido, bafiento e rarefeito.

Agora, perante o nada (ou o “quase nada”) não se afigura fácil cumprir a vontade (ou necessidade) de escrever. Mas…é sempre do nada que algo acaba por surgir. Bem…nem sempre é “do nada”, mas implica sempre a existência de um inicio, isto é, de uma raiz, algo que prenda, sustente, alimente. O ponteiro pisca e texto não flui… (outrora diriam para deixar fluir a pena - hoje será algo do género: não deixes o ponteiro começar a piscar).

Serão ventos de mudança? Brisas de fim de tarde? Furacões? Tornados? Bem… a ideia da brisa ao fim da tarde parece-me francamente uma “boa ideia”. Assim, junto-lhe um mar “batido”, ondulado, vivo e um olhar para o horizonte…nuvens ao fundo e algumas estrelas a quererem despontar num firmamento que vai perdendo aos poucos o seu céu azul.
Venha de lá o “ar puro”, uma “lufada de ar fresco”, um vento proveniente de “boas famílias” e portador de boas indicações porque o meu barco (perdido) está à deriva, com o leme pouco funcional, estando, portanto, a navegar ao som do vento. Ritmado, mas pouco convicto. Bússola partida, astrolábio sem instruções… navego ora numa deriva controlada, ora numa rota descontrolada mas sigo…”vou indo”.