quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Greve!

Amanhã… dia de greve nacional da função pública! Assim sendo a vida vai ser completamente diferente dos outros dias! Não vão haver listas de espera nos hospitais, nem pessoas a refilar na segurança social. Amanhã, mas apenas amanhã, os funcionários públicos não vão fazer nenhum! Ou vão? Será que eles sabem que estão a fazer greve ou como a conveniência ditou uma greve à 6ª feira (e só pode ter sido obra do Governo), os pobres coitados são todos obrigados a fazer um fim-de-semana prolongado! Não há justiça! Como é que tal é possível? Só faltava haver feriado nacional 2ª feira para piorar a situação!
Mas, os mais aborrecidos não se aborreçam com o aborrecimento do dia pois, certamente, os sindicatos vão discutir e contrariar o Governo se o país está a “todo o gás”, a “meio gás”, a “campingaz” ou ainda a “faísca”! A única certeza é que, certamente, ainda haverá país e a Terra vai continuar a girar!
Com ou sem greve da função pública, para compor o ramalhete, só faltam alguns discentes sábios e eruditos, a passear pelas ruas com mochilas às costas cheias de conhecimento, a protestar porque os “panikes são servidos frios” (desculpem a publicidade, mas a marca sobrepõe-se ao produto em si), porque não há aulas de educação sexual (são práticas, não são? Alguém nos garantiu que eram e que a professora não era aquela que se vai reformar este ano!!!) ou porque as aulas cansam!
Ainda haviam alguns que falavam mal da “minha geração”, que ficou conhecida como “rasca”, mas a credibilidade destes passeios e das greves às sextas feiras… já dizia o santo padroeiro dos advogados, o S. Vale e Azevedo, “vamos ser sérios”!!!
(a imagem não se relaciona com o texto, eu sei perfeitamente disso! Mas como estava a ouvir a banda sonora desse mesmo filme, e como achei alguma piada à imagem… resolvi partilhar)

domingo, 11 de novembro de 2007

Só...


Obra de António Nobre que em nada aqui é chamada. Todos nós nos sentimos sós. Todos nós somos portadores desta patologia. Uns no seu estado mais crónico (ou mesmo crítico), outros no seu estado agudo (havendo também os habituais “casos pontuais”).
Este sentimento poderia ser facilmente explicado por uma localização de um indivíduo num local ermo, isto é, isolado, onde mais ninguém habita ou alma penada passa. Mas não! A forma mais complexa de solidão, creio, é a que se sente quando se vive numa constante “Rua de Sta. Catarina” cheia de “amigos transeuntes” que apenas se cruzam connosco no correr dos dias, deixando-nos perdidos num local que afinal deveria ser para nós como a palma das nossas mãos, ou param nas montras da vida sem nos avisar e seguimos no nosso passo (mais melancólico ou apressado, consoante a calçada). Passo a explicar esta analogia que mais não é que aquele “feeling” de se estar só no meio da multidão (desculpem o estrangeirismo, mas há lá coisas que soam mesmo de maneira diferente quando abandonam a nossa língua materna).
A ideia de solidão passa sempre pela imagem de um vagabundo num banco de jardim, mas este não será apenas um quadro que se pinta para que cada um não olhe devidamente para o “seu umbigo”?
Já diz a poesia que quando se passa por essa “triste mágoa” de estar só, como que se rasteja no pó e o nosso coração fica de tal maneira cansado de bater por nada que “lembra uma velha nora morrendo à sede de água”.
Mas, meus amigos, poderão ver isto por vezes olhando também para vocês, mas não o vêm nos outros e, mais uma vez me “socorro” da arte poética:

« P'ra que não façam pouco
Procuro não gritar
A quem pergunta minto
Não quero que tenham dó »

Assim, solidões são suspiros, são inspirações profundas seguidas de expirações mentais de massa encefálica que poderia ser menos complexa e mais “prática e descomplicada”.
Mais uma vez o texto vai longo, mas … já que (quase) ninguém lê, dou largas à imaginação e “converso”, em silêncio, com este cursor que não pára de piscar como que a incitar que acabe finalmente a frase, ou que apague este carrossel de caracteres que nada fazem aqui. Espero ainda um dia perceber o seu significado…

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Mas porque é que tem que ter um título? Este post não tem título!Paciência...


Caros leitores (se é que ainda existem)

Mais uma vez parece-me que a mancha de texto que vai preencher este blog (que alguns lêem mas que poucos comentam) vai representar um suspiro ou uma sucessão de inspirações e expirações que não mais fazem do que confirmar que (ainda) me encontro biologicamente vivo e que a minha mente ainda funciona, nem que seja para me fazer pensar nela mesma o que, acreditem, não é fácil e muito menos normal (pelo menos é o que eu acho).
Desde já posso tirar uma conclusão: não devo ler Saramago! Já viram bem a extensão daquela 1ª frase? Bem que a tentei encurtar mas… olhem… “ficou-se assim”.
Nesta deambulação estática do meu dia-a-dia prendo-me com algumas ideias que ouço em músicas que se repetem no media player, em frases que se lêem e se tentam perceber e sobrevive-se pensando, sem que às vezes se saiba concretamente em quê. Mas afinal não será uma verdade que “um bom poema é aquele que nos dá a impressão que é ele que nos está a ler... e não nós a ele!”?
Certamente alguns também já tiveram esta sensação e deram por si a pensar: «como é que isto descreve perfeitamente este momento da minha vida?! Coisa estranha…».
Bem, qual seria então o grande interesse das músicas se elas não servissem para nos fazer abandonar as nossas existências por 3-4minutos enquanto cometemos a crueldade de cantar (assassinando as musicas e “maltratando” quem nos ouve) ou então de sonorizar aqueles “na, na…na” (na ausência de letra conhecida) e ainda acompanhar do belo estalido dos dedos ou então do bater com o pé no chão? (a não ser que seja musica tecnho em que o CD vai do principio ao fim sem parecer que tenha saído da primeira faixa).
Boas são, normalmente, aquelas músicas que nos fazem pensar e… sonhar. Quando damos por nós, muitas vezes, acabamos de adormecer para a realidade e estamos a “acordar para dentro” (coisa não recomendável por vezes).
Actualmente, para mim, a música é um “escape”. É óptima para nos “acompanhar” nos transportes públicos (apesar de nos impossibilitar de ouvir os diálogos - em surdina relativa - acerca da “vizinha do 3º esquerdo do bloco 4 que parecia boazinha mas que afinal não passa de uma bandida” ou então da imensurável lista de doenças e operações que fulano já fez e que lhe deviam garantir um lugar sentado) mas, meus amigos, não se pode ter tudo. Assim, a solução que vos apresento é a que andem a pé (fazem exercício e é melhor para o ambiente) e façam-se acompanhar de um MP3 quando as viagens vos fizerem sentir sozinhos no meio de uma multidão que não vos conhece, não quer conhecer e, talvez, tenha raiva de quem vos conhece.
Para terminar, fica um excerto de mais uma letra de uma música:
Diz-me que solidão é essa
Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo

Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas para quem quer que seja
Ou pensas que não existe
Ninguém que te veja

Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos

sábado, 27 de outubro de 2007

Tem dias…


O título deste “post” podia muito bem ser “há dias assim”, “qual é o dia”… e por aí fora, mas resolvi (por unanimidade) que seria “tem dias…”.
Isto de dia é muito mais do que oposição à noite! Há dias e dias… se bem que os mais atentos e reivindicativos também podiam dizer que “há noites e noites”, o que não deixaria de ter uma “ponta de verdade” mas eu estou para aqui a escrever sobre dias e não sobre noites e… afinal o dia não tem 24horas? Assim… o dia também engloba a noite (e já consegui manter o raciocínio!).
Mas que dias são estes? Há quem diga que são os “dias do fim”, há quem deseje “boa sorte para este dia” e há até quem diga “este é o teu dia”… o que considero “ligeiramente possessivo” e abusivo!
Outros, menos atentos (?), referem “o dia de hoje está mais frio que o de ontem” outros, ainda, valem-se de “cábulas” e dizem “foi neste dia que o acontecimento XPTO ocorreu no …”.
Pois bem, há dias mais ocupados que outros e, no mesmo dia, podem existir momentos mais ocupados que outros (o que não é o caso e que me permitiu escrever estas linhas), há dias úteis, dias fúteis, dias alegres… ou seja, dias para tudo e para todos os gostos (até há gente que é “a dias”), sendo que também insista que “hoje é o primeiro dia do resto da tua vida”.
Acho que há realmente dias que se distinguem claramente dos outros e pelos mais diversos motivos. Há dias “apalhaçados”, dias “parados” em que o relógio não anda, dias agitados em que 24horas são manifestamente pouco para tudo aquilo que desejávamos fazer e há aqueles dias em que era perfeitamente viável que nem tivessem acontecido, isto é, ninguém se iria aperceber se tivéssemos a opção de o seleccionar e depois carregar no “delete”.
Dias bons e dias “mais difíceis” todos temos que passar por eles e, “carpe diem(s)” à parte, está nas nossas mãos a árdua tarefa de tornar os difíceis em “alavancas” para impulsionar “o dia seguinte”.
Terminando, deixo-vos uma citação relacionada com os dias (talvez os “últimos dias”):
“Há dias que marcam a alma e a vida da gente e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer”

Ah… surripiei esta imagem a 1 amiga!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Viagens...


Fantástica a condição humana que nos permite viajar sempre que se sonha acordado. São variadas as coisas que nos fazem viver num estado de latência entre o “sim-sim” e o “han-han” de uma conversa “de café” em que o diálogo é manifestamente entediante ou no caso do nosso interlocutor esperar um bom ouvinte, mesmo quando não estamos com a devida “paxorra”, ou então quando o sono teima em não chegar, afinal… a noite é tão oportuna para se viajar…
Mas estas viagens, apesar de terem aquele absorto sentido e sabor a “seco”, podem ter os mais variados destinos e levar a uma ausência de sinais de vitalidade e um olhar profundo, perdido num horizonte qualquer.
Há aqueles momentos fantásticos em que nos apetece é simplesmente… viajar. Porém, depois surgem ocasiões em que recordamos as viagens passadas e aí os sentimentos podem ser o mais variados (dependendo onde se viajou e, naturalmente, com quem).
Neste momento, viajo para algures ou, quem sabe, para nenhures… mas afinal o que importa não é viajar? Afinal, para onde se pode ir quando se está cansado de “remar” numa direcção que finalmente temos a certeza que não nos leva a lado nenhum?
Nós, portugueses, até deveríamos ter uma certa vantagem nesta coisa de viajar/navegar… deve andar por cá “perdido” algum gene de Fernão de Magalhães ou mesmo do impulsionador Infante (devem ser aquelas correntes que correm de feição…).
Nesta viagem em que não se sai do barco, também há as paragens forçadas, quer pelo choque com a realidade, quer por “oportunismos” que surgem e que estupidamente teimamos em não ignorar (apesar de aparecerem só para nos atrapalhar ou porque na sua viagem precisaram de mais um conhecimento de outro navegador).
A estibordo ou a bombordo, não sei para onde vou, nem com quem vou. Já não é mau saber que simplesmente VOU!
O caminho reger-se-á pela máxima: “Vou sem rumo nem Norte, sem rima nem mote… vou indo”.
Nota: A opção da viagem ser de barco não se deve a nenhum motivo em especial. Talvez para tornar a “imagem” mais épica ou mais metafórica…

sábado, 22 de setembro de 2007

Frases soltas

Quando (mais uma vez) se escreve sem saber o que daí irá surgir… coloca-se alguma confiança (remota) nas pontas dos dedos e espera-se que o cursor pare de piscar, sinal que o texto vai “correndo” (ou que se está a apagar alguma coisa que “correu menos bem”).
Há aqueles momentos em que determinadas frases não nos saem da cabeça. São “restos de poemas”, pedaços de conversas verbalizadas a níveis impossíveis de passar ao lado de qualquer um (pelo conteúdo estranho ou pelos “gritos” com que são pronunciadas).
Ultimamente são frases omnipresentes desabafos da alma de alguém que grita “mata o passado e sorri” que rapidamente se vai conjugando com “a verdade apanha-se com enganos” e que nada mais são do que matéria prima para uma racionalização continua e sem fim que ainda matuta em “a 30.000 pés o ar é sempre mais puro” até que chega uma voz “antiga” a dizer que afinal “sweet dreams are made of this”.
Mas que coisa… se esta “matutice” se mantém “alguém tem que levar os meus fantasmas” (não acredito que eles existam, mas que os há… há!).
Continuando “quando algo sai do controle o mundo volta a respirar” porque “a confusão pode ser doce e a perfeição pode matar”. Mas afinal em que é que tudo isto se relaciona?
Pelo que me parece as frases que “ficam” são aquelas que nos “tocam” em determinado momento e que habitam na nossa memória “mais periférica” enquanto a “neura” ou “happiness” andarem a saltar de neurónio em neurónio.
Olha-se para o lado e nada mais que um “living on my own”, pelo que o melhor deve ser mesmo mudar as musicas que estão no leitor de MP3 para nunca mais correr o risco de ao ligar ouvir algo do género “welcome to the jungle”.
Por fim, não poderia deixar de partilhar uma “pérola” que ouvi hoje “os pontos de vista não são mais do que diferentes vistas acerca do mesmo ponto”. Isto verdadeiramente matutado certamente que originava uma boa teoria filosófico-psicologica.
Em jeito de despedida peço-vos que deixem em “comment” alguma frase que vos esteja a fazer matutar, mas espero que não seja mais um cliché…
Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah they were all yellow,

I came along
I wrote a song for you
And all the things you do
And it was called yellow

So then I took my turn
Oh all the things I've done
And it was all yellow

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O patinho feio



Como a vossa interactividade não tem sido tanta como eu desejaria (apesar de já contar com algumas participações…) resolvi arranjar outro tema e que a todos por certo dirá algo.
Segundo fonte quase fidedigna (entenda-se Wikipédia) a história do patinho feio (em versão síntese e “abrasileirada”) é a seguinte:
Um filhote de cisne é chocado no ninho de uma pata. Por ser diferente deseus irmãos, o pobrezinho é perseguido, ofendido e maltratado por todos os patos e galinhas do terreiro.
Um dia, cansado de tanta humilhação, ele foge do ninho. Durante sua jornada, ele vai parar em vários lugares, mas é mal recebido em todas. O pobrezinho ainda tem de aguentar o frio do Inverno.
Mas, quando finalmente chega a Primavera, ele abre as suas asas e se une a um majestoso bando de cisnes, sendo então reconhecido como o mais belo de todos.
[Nota: se o Luís Filipe Menezes tem “copy paste” da wikipédia, também posso ter).
Pois bem, este blá blá serve para fundamentar a minha teoria que Portugal também tem os seus “patinhos feios” (uns mais fiéis à história que outros e uns mais felizes que outros apesar de todos meterem a “pata na poça” e de alguns também poderem ser classificados de feios – o que deixo ao vosso critério).
Penso que o “patinho feio” mais digno do nome ou, pelo menos, “pai patinho feio” é o Manuel Alegre. Esse grande poeta que afinal também foi candidato à Presidência da República Portuguesa apesar do seu “ninho” de amigos lhe ter “roído a corda” para que um “ganso patola” lhe ocupasse o lugar. Outro eterno “patinho feio” é o actual líder do maior partido da oposição: Marques Mendes. Mas porque será que ninguém o vê? Será que o que ele vale está mesmo relacionado com a sua altura? Ou com a sua limitada visão?
Agora no feminino, para não pensarem que também não há “patas”, fica a faltar Helena Roseta que… bem… sem comentários específicos porque os anteriores também se lhe aplicam.
Outros “patos” são o Luís Filipe Vieira e o Fernando Santos, que neste momento já estão em ninhos diferentes, mas que outrora partilhavam o ninho de um outro pássaro que teimam em referir que é de rapina mas que se tem revelado profundamente alterado, provavelmente devido ao aquecimento global (que actualmente é um bom argumento para muita coisa).
Mas não é só na política e no futebol que estão os “patinhos”, os “mal-amados” e “incompreendidos” estão por muitos mais locais e áreas da sociedade, uns com mais motivos de queixa que outros. Tarzan Taborda sempre foi o maior, mas ninguém lhe viu motivos de adoração, José Cid com tantos anos de carreira e ninguém lhe pergunta quando vai tirar os óculos (parece que só conseguem ver que o Abrunhosa usa óculos), alguns actores que se prestam a participar em pseudo-programas humorísticos de qualidade duvidosa como os Malucos do Riso, Batanetes, o programa do Aldo Lima (em que as gargalhadas só mesmo gravadas e certamente relacionadas com outras temáticas como a incredulidade
dos jornalistas quando aparece droga na Cova da Moura ou no Bairro S. João de Deus), Carolina Salgado… (bem… esta não está nesta categoria, mas noutra da Arca de Noé!)…
Caríssimos leitores, fielmente resistentes a estes devaneios de pouca inspiração, certamente terão mais elementos para esta pequena lista que poderão acrescentar nos vossos comentários, até porque este texto já está a ficar longo (tendo já alguns leitores reclamado da quantidade de linhas dos textos anteriores).
Bem Hajam (private joke)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Felicidade...


Que raio de tema lamechas que eu escolhi para escrever… Mas, afinal, quem é que não a procura e já não investiu algum tempo a pensar nela?
Bem, há gente que não a procura e que fica sentado à sua espera, mas esses, provavelmente, entrarão em desespero porque a felicidade não aparece vinda do nada, nem está escondida debaixo de um tapete!
Afinal…. Onde está a felicidade?
Para alguns poderá estar numa boa “companhia”, num momento, num local, num CD, num filme, num maço de notas, num jogo de futebol…
Será, então, que a felicidade pode ser feita de pequenas “felicidadezinhas” que se vão somando? Ou será que se trata de uma caminhada de “felicidade em felicidade” até que se chegue a uma felicidade cada vez maior?
O que me parece é que essa coisa de “felicidade” tropeça e cai na ambição e no facto do ser humano procurar sempre desafios novos para que a sua vida se justifique, pelo menos perante os seus olhos, e assim partir de novo à procura da felicidade (muitas vezes sem saborear os momentos intermédios ou as tais “felicidadezinhas”).
Pode ser o eterno “I don’t want to loose this feeling” que nos faz passar por parvos porque nunca estamos contentes com o que temos (o que é tão natural como a nossa sede…), mas a nossa condição humana e o nosso código genético parecem tão fortes que não há como combater esse “feeling”.
Como este monólogo estava a chegar ao síndrome “pescadinha de rabo na boca”, que é como quem diz, estava a dar a volta e a não chegar a lado nenhum, resolvi deambular para ver o que dizem os “sábios” sobre a felicidade! Passo a citar as “definições” que gostei mais:
«A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar.» (Margareth Lee Rimbeuk)

«Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.» (Bertrand Russel)

«Evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio de ser infeliz» (Reginaldo Santos)

Deixo para o fim as duas que neste momento achei mais originais ou que mais demonstram o que penso:

«A felicidade não se guarda: é para consumo imediato.» (Valter da Rosa Borges)

“A imagem da felicidade é 1 velho á procura dos óculos, quando os tem na ponta do nariz” (Mário Quintana – adaptado).

Agora, deixo-vos o repto: COMENTEM!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Escrever para...

Não sei se já vos aconteceu, mas acho que, às vezes, surge aquela vontade de escrever. Mas, depois, surgem uma série de obstáculos: escrever o quê? Para quê? Como? Onde? E, se se pensa muito ainda se perde a vontade e, talvez, algum rasgo de imaginação! Mas… porque temos que ser assim tão racionais? Não era muito mais simples escrever… por escrever?
Pode parecer absurdo mas, isto de escrever pode até ser um vício! Que o diga J. K. Rowling que, para ser vício, até que gerou alguns lucros “simpáticos”!
Também pode ser uma maneira de transpor para “o papel” o que vai na alma, que anda lá a passear de lado para lado sem que algo de objectivo seja concluído depois de tantos neurónios terem andado “consumidos” a processar informações.
É tão poética a imagem do escritor com a sua pena, pronto a pintar uma história em “palavras” ornamentadas com adjectivos, mas a evolução da técnica faz com que agora a inspiração esteja presa em teclados “qwerty”, com a tecla “delete” que evita que algumas “asneiras” sejam escritas ou que ideias interessantes sejam apagadas por alguma “auto-censura” (tudo isto sem borratar o papel).
Será o passado que nos faz escrever? Será o futuro que não acontece? Mas porque é que quando desato a escrever ainda surgem mais questões?
Esta fantástica, e exclusiva, característica dos seres humanos serem capazes de se questionar (para evoluir…) por vezes “atrapalha” e tolda a normal sequência de vivências, acontecimentos e raciocínios, que de básicos passam a grandes complexidades dignas de teses académicas…
Este estado de alma acaba por resultar em “escrever por escrever”, enfrentar o cursor a piscar (onde antes estava a “página em branco”) e partir para um monólogo “sem rumo nem norte, sem rima nem mote”, o melhor é ir indo… pode ser que algum dia escreva aqui algo de verdadeiramente interessante como tencionava quando criei o blog, mas neste momento já considero “pequenos heróis” os que aguentaram as leituras (principalmente esta…).

Como disse Florbela Espanca:
“As almas dos poetas
Não as entende ninguém;
(…)
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar…”

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Praga de Verão

Seria muito mais interessante escrever sobre um Verão em Praga, mas como as circunstâncias levaram a que este Verão fosse passado em território luso, resta escrever sobre a praga que está a assolar o nosso país neste Verão (tal como em muitos outros).
Pois bem, não tenciono escrever sobre uma qualquer praga de insectos que teimam em picar desde o mais distraído até ao mais atento dos veraneantes, provocando pruridos nos locais mais diversos e que, por vezes, “não lembram a ninguém”! A “praga” a que me refiro são os nossos “queridos” (?) emigrantes que se transformam em “ocupas” na estação estival deste nosso rectângulo á beira-mar. Para que não me julguem precipitadamente, asseguro-vos que não tenho nada de pessoal contra os ditos emigrantes, mas queiram verificar se isto que escrevo é ou não verdade.
Segundo os dicionários, praga é “acto de imprecar males contra alguém; maldição; flagelo; coisa ou pessoa importuna; abundância de coisas prejudiciais ou importunas”.
Estamos cercados por eles, eles voltaram para conquistar o que tinham deixado para trás. Mas, não se trata de um colonialismo banal e supérfluo, eles chegaram para mandar em tudo e todos, por razões ainda não esclarecidas, mas que suponho serem devidas a algum recalcamento ou repressão resultantes dos restantes dias do ano em que o seu habitat é o país de acolhimento.
De entre os vários emigrantes no seu êxodo de Agosto, têm destaque os provenientes de França! Esses que outrora falariam muito dos “camones”, estão agora transformados em “avecs”, cuja permanência em terras lusas não passa despercebida a ninguém, por vontade dos mesmos que teimam em não controlar a emissão de decibéis muito acima do normal para um simples diálogo.
Estes “emigras” cujo “portuguesismo” consiste em lutar contra o encerramento de embaixadas e em assistir aos jogos da “nossa selecção” (muitos deles provavelmente à espera de boas exibições do Baía ou do João Pinto), passeiam-se no nosso país fazendo questão de dialogar na língua da sua pátria-mãe França, a não ser que tenham que dar algum sermão aos descendentes, ou então evocar um “chorrilho” de asneiras em português fluente e claro, mas que os não dignifica em nada. Terminado este intervalo na língua de Camões (ou… do Zé Povinho), regressam ao seu francês de origem para, de uma forma hierarquicamente superior, exprimirem aos seus súbditos portugueses as vontades e desígnios.
Em suma, está ou não confirmada a definição de praga?
Vejamos, se são portugueses, se estão em Portugal e se amam tanto a pátria, para quê estar cá a falar francês?
“Mes amis”, porque não se deixam ficar por França? Porque é que não combinam uns com os outros e vêm de forma faseada? É que assim não há “portuga” que aguente!
A vós, “portugas de gema” deixo-vos um recado: tenham cuidado, “eles andem aí”.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Responsabilidades acrescidas?

Depois deste primeiro comentário a responsabilidade quanto aos conteúdos aumentou... mas, na realidade, não tenho em mente nada específico para escrever... é o que a situação e o momento ditarem, afinal... “Eu sou eu mais as minhas circunstâncias.” (Ortega y Gasset)

O começo...

De alguma maneira este blog teve que surgir...
Inspiração?Curiosidade?Vonte de pensar alto?

Não tenho a resposta a estas perguntas mas espero que o tempo e a inspiração (?) permitam que algumas utilidades (ou futilidades, depende do ponto de vista) surjam futuramente neste espaço que se prevê amplo!