segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pelo direito ao esquecimento...ou pelo menos ao decoro





Pelo direito à indignação e ao esquecimento aqui ficam estas parcas linhas…

A minha entidade paternal dir-me-ia para não ser “complicativo”, mas fazer o quê? Sou assim!
Faço parte daquele grupo de espécimes que anuiu a facultar o contacto móvel aquela grande cadeia de hipermercados que começa com C, termina em E e tem no meio as letras ONTINENT.

A bem da verdade, começou por não me “consumir” o facto de de “longe a longe” receber mensagens a informar os artigos em fase promocional (podendo refletir-se no acto consumista ou na simples eliminação da missiva).

Eis que na passada semana a dita grande cadeia de hipermercados me diz: “a pensar em si: 25% de desconto em papel higiénico”. Ora bem, não posso dizer que me senti “feliz” (?) ao saber que a pensar em mim, me ofereciam dedução de um quarto de preço por um artigo de utilização num quarto de banho. Fosse eu perito em tirar conclusões precipitadas e iria borrar a pintura…

Hoje, estando ultrapassado o “trauma” higiénico, recebo nova missiva desta feita e novamente “a pensar em mim”, sou premiado com 25% de desconto em fraldas e toalhitas. Ora bem, se há caso em que se merece que não se lembrem de mim é quando se pensa em papel higiénico, fraldas e toalhetes, certo?

Tanto se falou neste verão do direito ao esquecimento, eu aqui preferia que a tal cadeia de hipermercados não tivesse especialmente pensado em mim, não desta forma. Haja esquecimento e haja, sobretudo, decoro… que outra promoção incontinente terei na próxima semana?

Isto foi só para arejar as ideias… dêem-me um desconto!