quinta-feira, 14 de junho de 2012

Detalhes com limão



Por vezes a questão pode estar nos pequenos detalhes.

Não só apenas nas questões epistemológicas, económicas, pessoais ou profissionais os detalhes são relevantes.

Hoje deparei-me com uma questão, quase existencial para a qual ainda não encontrei resposta. Vou deixar-me de rodeios e dedicar-me ao cerne da questão: qual é a diferença entre um carioca de limão (duplo) e um chá de limão? O fruto é o mesmo, a chávena idêntica, a solução igual e o resultado final, no mínimo, semelhante!

Na origem da questão, e correndo o risco de incluir alguma falácia no meu discurso, direi que para fazer um carioca duplo são precisas 4 a 6 lascas de é preciso um limão (2 a 3 para um carioca) e água e chávena quentes. No que liquido secular diz respeito, o modus operandis consiste em pegar num limão e cortar em quatro partes (em cruz) e 2 colheres de açúcar (que me perdoe o autor, mas considero o “adocicante” dispensável) e ferver, com água, claro, por 4 minutos. A quem ainda não viu as diferenças, proponho que realize um teste cego…

Resumir-se-á a diferença, na vossa perspectiva, à quantidade de casca? Será o ritual? Será uma questão “Chavinista”? O Google não responde…

Esta dúvida já me embaraçou hoje…


( One day, you'll see. Details will make all the difference)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Será isto o envelhecimento?




Não me proponho a responder, apenas a questionar…

Acho que envelhecer é sobretudo relativizar e aprender a valorar devidamente os acontecimentos. O impossível passa a complicado, o complicado passa a “deixa lá ver se se consegue resolver”, o que antes era resolúvel passa a complicado, ou a impossível de resolver. 

Será então a vida um “intervalo de cruzamento de braços”? Não me parece…

Reduz-se a capacidade de fazer “das tripas coração” para se aumentar a necessidade de fazer das já referidas miudezas órgão cardial.

Os suspiros de ânsias, convertem-se em suspiros cansados e/ou conformados…quem não é vencido (ainda que por parcas vezes) pelo cansaço que atire a primeira pedra (mas que a atire para onde não provoque grande nem grave dano)!

Passam os dias ao ritmo de epifanias, de mudanças de estados amizades que passam do estado sólido para o líquido e/ou para o gasoso (não necessariamente com a fase intermédia) e, por vezes, reacções inversas…familiares que se pensam ser isto quando afinal são aquilo, gentes exemplares que afinal também falham, erram…também, perdoem-me o “popularismo” da expressão: “metem nojo”.

Em suma, ainda que não existam fases pachorrentas, vai-se a pachorra. Haja boa disposição, esperança e sentido de humor como alguém disse, para se conseguir deixar pão com tulicreme nas migalhas da memória (citação fresca).

Não, não me sinto velho…sinto-me reflexivo. Isso também é envelhecer?

Eternamente jovem? Depende… Conformo-me, convivo, sobrevivo e luto com as circunstâncias.

Para findar deixo duas músicas “amadurecidas”