segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O caminho...




Várias são as frases e, claro, os pensadores que se dedicaram à análise do caminho. Calceteiros de mão certeira e rigor científico no assentar das palavras, afirmaram que o caminho faz-se caminhando e outra (o) Pessoa referiu-se às pedras que o compõem dizendo que um dia com elas edificaria um castelo.

Pois bem, não tenciono pensar sobre o rendilhado da calçada à portuguesa...isso é outro caminho que até podia me levar à Liberdade ou Aliados da minha génese portuense, mas não é por aí que vai o texto, ou o caminho. Para onde vou? Não sei. O que farei? Sei lá! Culpa do vendaval? Não, mas é certo que não me ajuda a assentar as ideias.

Parece-me que o (meu) caminho só tem metas volantes (e logo a mim que não aprecio particularmente desportos de duas rodas), piso pouco firme e como que os pés ganham vontade de própria, virando-se um para norte e outro para oeste, num dúbio equilíbrio instável de 45 graus (que não Celsius, pois o caminho faz-se a frio).

Encontro-me entre algures e nenhures, entre o sou e o estou desorientado...certezas tenho a que já andei e que não vou parar. Que caminho (é) este ...

Acho que até o texto entrou numa encruzilhada... vou procurar um passeio! Não de passeata, mas de alternativa ao betuminoso, asfáltico ou terra batida - porque não? Despovoe-se a minha mente das metáforas, esse caminho em espiral sobre areias movediças. Vou dar espaço à música, que, como sempre, me leva a viajar neste meu caminho.





(este caminho, na foto, foi mesmo meu...trilhado e fotografado)