sábado, 22 de setembro de 2007

Frases soltas

Quando (mais uma vez) se escreve sem saber o que daí irá surgir… coloca-se alguma confiança (remota) nas pontas dos dedos e espera-se que o cursor pare de piscar, sinal que o texto vai “correndo” (ou que se está a apagar alguma coisa que “correu menos bem”).
Há aqueles momentos em que determinadas frases não nos saem da cabeça. São “restos de poemas”, pedaços de conversas verbalizadas a níveis impossíveis de passar ao lado de qualquer um (pelo conteúdo estranho ou pelos “gritos” com que são pronunciadas).
Ultimamente são frases omnipresentes desabafos da alma de alguém que grita “mata o passado e sorri” que rapidamente se vai conjugando com “a verdade apanha-se com enganos” e que nada mais são do que matéria prima para uma racionalização continua e sem fim que ainda matuta em “a 30.000 pés o ar é sempre mais puro” até que chega uma voz “antiga” a dizer que afinal “sweet dreams are made of this”.
Mas que coisa… se esta “matutice” se mantém “alguém tem que levar os meus fantasmas” (não acredito que eles existam, mas que os há… há!).
Continuando “quando algo sai do controle o mundo volta a respirar” porque “a confusão pode ser doce e a perfeição pode matar”. Mas afinal em que é que tudo isto se relaciona?
Pelo que me parece as frases que “ficam” são aquelas que nos “tocam” em determinado momento e que habitam na nossa memória “mais periférica” enquanto a “neura” ou “happiness” andarem a saltar de neurónio em neurónio.
Olha-se para o lado e nada mais que um “living on my own”, pelo que o melhor deve ser mesmo mudar as musicas que estão no leitor de MP3 para nunca mais correr o risco de ao ligar ouvir algo do género “welcome to the jungle”.
Por fim, não poderia deixar de partilhar uma “pérola” que ouvi hoje “os pontos de vista não são mais do que diferentes vistas acerca do mesmo ponto”. Isto verdadeiramente matutado certamente que originava uma boa teoria filosófico-psicologica.
Em jeito de despedida peço-vos que deixem em “comment” alguma frase que vos esteja a fazer matutar, mas espero que não seja mais um cliché…
Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah they were all yellow,

I came along
I wrote a song for you
And all the things you do
And it was called yellow

So then I took my turn
Oh all the things I've done
And it was all yellow

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O patinho feio



Como a vossa interactividade não tem sido tanta como eu desejaria (apesar de já contar com algumas participações…) resolvi arranjar outro tema e que a todos por certo dirá algo.
Segundo fonte quase fidedigna (entenda-se Wikipédia) a história do patinho feio (em versão síntese e “abrasileirada”) é a seguinte:
Um filhote de cisne é chocado no ninho de uma pata. Por ser diferente deseus irmãos, o pobrezinho é perseguido, ofendido e maltratado por todos os patos e galinhas do terreiro.
Um dia, cansado de tanta humilhação, ele foge do ninho. Durante sua jornada, ele vai parar em vários lugares, mas é mal recebido em todas. O pobrezinho ainda tem de aguentar o frio do Inverno.
Mas, quando finalmente chega a Primavera, ele abre as suas asas e se une a um majestoso bando de cisnes, sendo então reconhecido como o mais belo de todos.
[Nota: se o Luís Filipe Menezes tem “copy paste” da wikipédia, também posso ter).
Pois bem, este blá blá serve para fundamentar a minha teoria que Portugal também tem os seus “patinhos feios” (uns mais fiéis à história que outros e uns mais felizes que outros apesar de todos meterem a “pata na poça” e de alguns também poderem ser classificados de feios – o que deixo ao vosso critério).
Penso que o “patinho feio” mais digno do nome ou, pelo menos, “pai patinho feio” é o Manuel Alegre. Esse grande poeta que afinal também foi candidato à Presidência da República Portuguesa apesar do seu “ninho” de amigos lhe ter “roído a corda” para que um “ganso patola” lhe ocupasse o lugar. Outro eterno “patinho feio” é o actual líder do maior partido da oposição: Marques Mendes. Mas porque será que ninguém o vê? Será que o que ele vale está mesmo relacionado com a sua altura? Ou com a sua limitada visão?
Agora no feminino, para não pensarem que também não há “patas”, fica a faltar Helena Roseta que… bem… sem comentários específicos porque os anteriores também se lhe aplicam.
Outros “patos” são o Luís Filipe Vieira e o Fernando Santos, que neste momento já estão em ninhos diferentes, mas que outrora partilhavam o ninho de um outro pássaro que teimam em referir que é de rapina mas que se tem revelado profundamente alterado, provavelmente devido ao aquecimento global (que actualmente é um bom argumento para muita coisa).
Mas não é só na política e no futebol que estão os “patinhos”, os “mal-amados” e “incompreendidos” estão por muitos mais locais e áreas da sociedade, uns com mais motivos de queixa que outros. Tarzan Taborda sempre foi o maior, mas ninguém lhe viu motivos de adoração, José Cid com tantos anos de carreira e ninguém lhe pergunta quando vai tirar os óculos (parece que só conseguem ver que o Abrunhosa usa óculos), alguns actores que se prestam a participar em pseudo-programas humorísticos de qualidade duvidosa como os Malucos do Riso, Batanetes, o programa do Aldo Lima (em que as gargalhadas só mesmo gravadas e certamente relacionadas com outras temáticas como a incredulidade
dos jornalistas quando aparece droga na Cova da Moura ou no Bairro S. João de Deus), Carolina Salgado… (bem… esta não está nesta categoria, mas noutra da Arca de Noé!)…
Caríssimos leitores, fielmente resistentes a estes devaneios de pouca inspiração, certamente terão mais elementos para esta pequena lista que poderão acrescentar nos vossos comentários, até porque este texto já está a ficar longo (tendo já alguns leitores reclamado da quantidade de linhas dos textos anteriores).
Bem Hajam (private joke)