quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Apenas e só...


A página em branco preocupa. O texto não aparece… bem, o texto não tem porque aparecer. Não tenho essa obrigação! Necessidade? Talvez…quem sabe? Eu sei… será que sei?

O que me está a parecer é que tenho os neurónios entrelaçados. É um labirinto de ideias, ou de ausência destas. Não há espaços em branco, a malha está a ficar fina e não há maneira do pensamento se sedimentar, de assentar, de passar pelo filtro imaginário que devia filtrar algumas informações e conteúdos que apenas existem para perturbar a “suave leveza do ser” (esta frase era de 1 spot publicitário que, de momento, não me ocorre de quê….espero não me vir a arrepender de o teu escrito).


Há alturas que o espírito americano se apodera e parece haver uma conspiração (cósmica?) para que haja um desatino generalizado. Convulsões de ideias, espasmos sentimentais, bipolaridade no ser, no ver e no estar… um autismo mascarado sob a forma de contentamento descontente, porque o descontentamento traz acoplado questões incómodas, repetitivas a que somos, na defesa do silêncio, obrigados a responder “sim”, “nada” e “tudo’s na mesma”.


Em momentos de diálogo surdo, resta-me escrever…falar de mim, comigo e para mim. Falar e adivinhar o pensamento, prever, sem surpreender, mas a tentar demover em questões (retóricas) a que a resposta ecoada e ressoa no anglicanismo: no sound available.


Mais não digo, não sei que diga…nem me apetece. Não vejo fundamento, conclusão possível e passível de alterar o que quer que seja o marasmo…”Lembro uma velha nora morrendo à sede de água”