sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

De 25 a 1....


Estamos na época dos votos!

Logicamente que não me refiro às necessárias (?) eleições que se avizinham, mas antes aos votos de Bom Natal e Próspero Ano Novo, as Boas Festas que terminam com as entradas, puro antagonismo de terminar com entradas…algo que os nuestros hermanos (nossos vizinhos espanhóis ou outro caloroso título com que os queiramos abraçar) não subscrevem, ficando antes à espera que os reis se apresentem ao serviço (por cá o nosso rei ainda continua desaparecido – não incluindo no título monárquico nem o Eusébio, nem o “dos frangos”.

Para uns o ano de 2010 foi bom, para outros mau…para os sobrantes, isto é, para os não incluídos nos grupos anteriores, o ano foi nem bom nem mau, antes pelo contrário e vice-versa. Se foi bom ou mau, neste momento pouco importa, até porque o balanço já tem que estar feito e todas as ilações tiradas. Não há tempo para olhar para trás… passando a redundância, que se calce um calçado adequado e pés ao caminho!

Para que esta declaração (com perspectivismo inicial “festeiro”) tenha realmente algum valor, termino citando um génio e deixando um som “simpático”.

Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!

Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz
Ter por vida a sepultura.

Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!

(Fernando Pessoa)