quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Felicidade...


Que raio de tema lamechas que eu escolhi para escrever… Mas, afinal, quem é que não a procura e já não investiu algum tempo a pensar nela?
Bem, há gente que não a procura e que fica sentado à sua espera, mas esses, provavelmente, entrarão em desespero porque a felicidade não aparece vinda do nada, nem está escondida debaixo de um tapete!
Afinal…. Onde está a felicidade?
Para alguns poderá estar numa boa “companhia”, num momento, num local, num CD, num filme, num maço de notas, num jogo de futebol…
Será, então, que a felicidade pode ser feita de pequenas “felicidadezinhas” que se vão somando? Ou será que se trata de uma caminhada de “felicidade em felicidade” até que se chegue a uma felicidade cada vez maior?
O que me parece é que essa coisa de “felicidade” tropeça e cai na ambição e no facto do ser humano procurar sempre desafios novos para que a sua vida se justifique, pelo menos perante os seus olhos, e assim partir de novo à procura da felicidade (muitas vezes sem saborear os momentos intermédios ou as tais “felicidadezinhas”).
Pode ser o eterno “I don’t want to loose this feeling” que nos faz passar por parvos porque nunca estamos contentes com o que temos (o que é tão natural como a nossa sede…), mas a nossa condição humana e o nosso código genético parecem tão fortes que não há como combater esse “feeling”.
Como este monólogo estava a chegar ao síndrome “pescadinha de rabo na boca”, que é como quem diz, estava a dar a volta e a não chegar a lado nenhum, resolvi deambular para ver o que dizem os “sábios” sobre a felicidade! Passo a citar as “definições” que gostei mais:
«A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar.» (Margareth Lee Rimbeuk)

«Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.» (Bertrand Russel)

«Evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio de ser infeliz» (Reginaldo Santos)

Deixo para o fim as duas que neste momento achei mais originais ou que mais demonstram o que penso:

«A felicidade não se guarda: é para consumo imediato.» (Valter da Rosa Borges)

“A imagem da felicidade é 1 velho á procura dos óculos, quando os tem na ponta do nariz” (Mário Quintana – adaptado).

Agora, deixo-vos o repto: COMENTEM!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Escrever para...

Não sei se já vos aconteceu, mas acho que, às vezes, surge aquela vontade de escrever. Mas, depois, surgem uma série de obstáculos: escrever o quê? Para quê? Como? Onde? E, se se pensa muito ainda se perde a vontade e, talvez, algum rasgo de imaginação! Mas… porque temos que ser assim tão racionais? Não era muito mais simples escrever… por escrever?
Pode parecer absurdo mas, isto de escrever pode até ser um vício! Que o diga J. K. Rowling que, para ser vício, até que gerou alguns lucros “simpáticos”!
Também pode ser uma maneira de transpor para “o papel” o que vai na alma, que anda lá a passear de lado para lado sem que algo de objectivo seja concluído depois de tantos neurónios terem andado “consumidos” a processar informações.
É tão poética a imagem do escritor com a sua pena, pronto a pintar uma história em “palavras” ornamentadas com adjectivos, mas a evolução da técnica faz com que agora a inspiração esteja presa em teclados “qwerty”, com a tecla “delete” que evita que algumas “asneiras” sejam escritas ou que ideias interessantes sejam apagadas por alguma “auto-censura” (tudo isto sem borratar o papel).
Será o passado que nos faz escrever? Será o futuro que não acontece? Mas porque é que quando desato a escrever ainda surgem mais questões?
Esta fantástica, e exclusiva, característica dos seres humanos serem capazes de se questionar (para evoluir…) por vezes “atrapalha” e tolda a normal sequência de vivências, acontecimentos e raciocínios, que de básicos passam a grandes complexidades dignas de teses académicas…
Este estado de alma acaba por resultar em “escrever por escrever”, enfrentar o cursor a piscar (onde antes estava a “página em branco”) e partir para um monólogo “sem rumo nem norte, sem rima nem mote”, o melhor é ir indo… pode ser que algum dia escreva aqui algo de verdadeiramente interessante como tencionava quando criei o blog, mas neste momento já considero “pequenos heróis” os que aguentaram as leituras (principalmente esta…).

Como disse Florbela Espanca:
“As almas dos poetas
Não as entende ninguém;
(…)
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar…”

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Praga de Verão

Seria muito mais interessante escrever sobre um Verão em Praga, mas como as circunstâncias levaram a que este Verão fosse passado em território luso, resta escrever sobre a praga que está a assolar o nosso país neste Verão (tal como em muitos outros).
Pois bem, não tenciono escrever sobre uma qualquer praga de insectos que teimam em picar desde o mais distraído até ao mais atento dos veraneantes, provocando pruridos nos locais mais diversos e que, por vezes, “não lembram a ninguém”! A “praga” a que me refiro são os nossos “queridos” (?) emigrantes que se transformam em “ocupas” na estação estival deste nosso rectângulo á beira-mar. Para que não me julguem precipitadamente, asseguro-vos que não tenho nada de pessoal contra os ditos emigrantes, mas queiram verificar se isto que escrevo é ou não verdade.
Segundo os dicionários, praga é “acto de imprecar males contra alguém; maldição; flagelo; coisa ou pessoa importuna; abundância de coisas prejudiciais ou importunas”.
Estamos cercados por eles, eles voltaram para conquistar o que tinham deixado para trás. Mas, não se trata de um colonialismo banal e supérfluo, eles chegaram para mandar em tudo e todos, por razões ainda não esclarecidas, mas que suponho serem devidas a algum recalcamento ou repressão resultantes dos restantes dias do ano em que o seu habitat é o país de acolhimento.
De entre os vários emigrantes no seu êxodo de Agosto, têm destaque os provenientes de França! Esses que outrora falariam muito dos “camones”, estão agora transformados em “avecs”, cuja permanência em terras lusas não passa despercebida a ninguém, por vontade dos mesmos que teimam em não controlar a emissão de decibéis muito acima do normal para um simples diálogo.
Estes “emigras” cujo “portuguesismo” consiste em lutar contra o encerramento de embaixadas e em assistir aos jogos da “nossa selecção” (muitos deles provavelmente à espera de boas exibições do Baía ou do João Pinto), passeiam-se no nosso país fazendo questão de dialogar na língua da sua pátria-mãe França, a não ser que tenham que dar algum sermão aos descendentes, ou então evocar um “chorrilho” de asneiras em português fluente e claro, mas que os não dignifica em nada. Terminado este intervalo na língua de Camões (ou… do Zé Povinho), regressam ao seu francês de origem para, de uma forma hierarquicamente superior, exprimirem aos seus súbditos portugueses as vontades e desígnios.
Em suma, está ou não confirmada a definição de praga?
Vejamos, se são portugueses, se estão em Portugal e se amam tanto a pátria, para quê estar cá a falar francês?
“Mes amis”, porque não se deixam ficar por França? Porque é que não combinam uns com os outros e vêm de forma faseada? É que assim não há “portuga” que aguente!
A vós, “portugas de gema” deixo-vos um recado: tenham cuidado, “eles andem aí”.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Responsabilidades acrescidas?

Depois deste primeiro comentário a responsabilidade quanto aos conteúdos aumentou... mas, na realidade, não tenho em mente nada específico para escrever... é o que a situação e o momento ditarem, afinal... “Eu sou eu mais as minhas circunstâncias.” (Ortega y Gasset)

O começo...

De alguma maneira este blog teve que surgir...
Inspiração?Curiosidade?Vonte de pensar alto?

Não tenho a resposta a estas perguntas mas espero que o tempo e a inspiração (?) permitam que algumas utilidades (ou futilidades, depende do ponto de vista) surjam futuramente neste espaço que se prevê amplo!