sábado, 27 de outubro de 2007

Tem dias…


O título deste “post” podia muito bem ser “há dias assim”, “qual é o dia”… e por aí fora, mas resolvi (por unanimidade) que seria “tem dias…”.
Isto de dia é muito mais do que oposição à noite! Há dias e dias… se bem que os mais atentos e reivindicativos também podiam dizer que “há noites e noites”, o que não deixaria de ter uma “ponta de verdade” mas eu estou para aqui a escrever sobre dias e não sobre noites e… afinal o dia não tem 24horas? Assim… o dia também engloba a noite (e já consegui manter o raciocínio!).
Mas que dias são estes? Há quem diga que são os “dias do fim”, há quem deseje “boa sorte para este dia” e há até quem diga “este é o teu dia”… o que considero “ligeiramente possessivo” e abusivo!
Outros, menos atentos (?), referem “o dia de hoje está mais frio que o de ontem” outros, ainda, valem-se de “cábulas” e dizem “foi neste dia que o acontecimento XPTO ocorreu no …”.
Pois bem, há dias mais ocupados que outros e, no mesmo dia, podem existir momentos mais ocupados que outros (o que não é o caso e que me permitiu escrever estas linhas), há dias úteis, dias fúteis, dias alegres… ou seja, dias para tudo e para todos os gostos (até há gente que é “a dias”), sendo que também insista que “hoje é o primeiro dia do resto da tua vida”.
Acho que há realmente dias que se distinguem claramente dos outros e pelos mais diversos motivos. Há dias “apalhaçados”, dias “parados” em que o relógio não anda, dias agitados em que 24horas são manifestamente pouco para tudo aquilo que desejávamos fazer e há aqueles dias em que era perfeitamente viável que nem tivessem acontecido, isto é, ninguém se iria aperceber se tivéssemos a opção de o seleccionar e depois carregar no “delete”.
Dias bons e dias “mais difíceis” todos temos que passar por eles e, “carpe diem(s)” à parte, está nas nossas mãos a árdua tarefa de tornar os difíceis em “alavancas” para impulsionar “o dia seguinte”.
Terminando, deixo-vos uma citação relacionada com os dias (talvez os “últimos dias”):
“Há dias que marcam a alma e a vida da gente e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer”

Ah… surripiei esta imagem a 1 amiga!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Viagens...


Fantástica a condição humana que nos permite viajar sempre que se sonha acordado. São variadas as coisas que nos fazem viver num estado de latência entre o “sim-sim” e o “han-han” de uma conversa “de café” em que o diálogo é manifestamente entediante ou no caso do nosso interlocutor esperar um bom ouvinte, mesmo quando não estamos com a devida “paxorra”, ou então quando o sono teima em não chegar, afinal… a noite é tão oportuna para se viajar…
Mas estas viagens, apesar de terem aquele absorto sentido e sabor a “seco”, podem ter os mais variados destinos e levar a uma ausência de sinais de vitalidade e um olhar profundo, perdido num horizonte qualquer.
Há aqueles momentos fantásticos em que nos apetece é simplesmente… viajar. Porém, depois surgem ocasiões em que recordamos as viagens passadas e aí os sentimentos podem ser o mais variados (dependendo onde se viajou e, naturalmente, com quem).
Neste momento, viajo para algures ou, quem sabe, para nenhures… mas afinal o que importa não é viajar? Afinal, para onde se pode ir quando se está cansado de “remar” numa direcção que finalmente temos a certeza que não nos leva a lado nenhum?
Nós, portugueses, até deveríamos ter uma certa vantagem nesta coisa de viajar/navegar… deve andar por cá “perdido” algum gene de Fernão de Magalhães ou mesmo do impulsionador Infante (devem ser aquelas correntes que correm de feição…).
Nesta viagem em que não se sai do barco, também há as paragens forçadas, quer pelo choque com a realidade, quer por “oportunismos” que surgem e que estupidamente teimamos em não ignorar (apesar de aparecerem só para nos atrapalhar ou porque na sua viagem precisaram de mais um conhecimento de outro navegador).
A estibordo ou a bombordo, não sei para onde vou, nem com quem vou. Já não é mau saber que simplesmente VOU!
O caminho reger-se-á pela máxima: “Vou sem rumo nem Norte, sem rima nem mote… vou indo”.
Nota: A opção da viagem ser de barco não se deve a nenhum motivo em especial. Talvez para tornar a “imagem” mais épica ou mais metafórica…