quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Viagens...


Fantástica a condição humana que nos permite viajar sempre que se sonha acordado. São variadas as coisas que nos fazem viver num estado de latência entre o “sim-sim” e o “han-han” de uma conversa “de café” em que o diálogo é manifestamente entediante ou no caso do nosso interlocutor esperar um bom ouvinte, mesmo quando não estamos com a devida “paxorra”, ou então quando o sono teima em não chegar, afinal… a noite é tão oportuna para se viajar…
Mas estas viagens, apesar de terem aquele absorto sentido e sabor a “seco”, podem ter os mais variados destinos e levar a uma ausência de sinais de vitalidade e um olhar profundo, perdido num horizonte qualquer.
Há aqueles momentos fantásticos em que nos apetece é simplesmente… viajar. Porém, depois surgem ocasiões em que recordamos as viagens passadas e aí os sentimentos podem ser o mais variados (dependendo onde se viajou e, naturalmente, com quem).
Neste momento, viajo para algures ou, quem sabe, para nenhures… mas afinal o que importa não é viajar? Afinal, para onde se pode ir quando se está cansado de “remar” numa direcção que finalmente temos a certeza que não nos leva a lado nenhum?
Nós, portugueses, até deveríamos ter uma certa vantagem nesta coisa de viajar/navegar… deve andar por cá “perdido” algum gene de Fernão de Magalhães ou mesmo do impulsionador Infante (devem ser aquelas correntes que correm de feição…).
Nesta viagem em que não se sai do barco, também há as paragens forçadas, quer pelo choque com a realidade, quer por “oportunismos” que surgem e que estupidamente teimamos em não ignorar (apesar de aparecerem só para nos atrapalhar ou porque na sua viagem precisaram de mais um conhecimento de outro navegador).
A estibordo ou a bombordo, não sei para onde vou, nem com quem vou. Já não é mau saber que simplesmente VOU!
O caminho reger-se-á pela máxima: “Vou sem rumo nem Norte, sem rima nem mote… vou indo”.
Nota: A opção da viagem ser de barco não se deve a nenhum motivo em especial. Talvez para tornar a “imagem” mais épica ou mais metafórica…

2 comentários:

Anónimo disse...

Essas viagens não nos levam fisicamente ao destino realmente, mas sabem tão bem quando nos aplicamos verdadeiramente em fazer "off" da realidade e nos deixamos ir sem sentido :)Quando acordamos pode até saber muito mal, se a imaginação ia longe e bem guiada, acordar vai ser como um grande abanão a lembrar que continuamos apenas na mesma conversa de treta de sempre, no mesmo sitio de sempre, a tomar o mesmo café de sempre...

Vamos pensar pelo lado positivo! Ainda nos faltam outras tantas viagens de todo o tipo...as mais sonhadoras e as mais reais, num tempo mais imediato ou mais distante de nós...

Por agora eu vendia era já essa tua ideia das vantagens dos portugueses nas viagens! Se descubrimos tanta coisa deviamos ter direito a descontos aliciantes de facto :D

Continua ;) * * *

Bel

Jade disse...

http://trindadedobalde.blogspot.com/
passa por la e publicita

viagens, são a porra do meu sonho.
E não so as simples viagens de carro, «TODAS as viagens. msm.

tando on ou off da realidade o bom e msm viajar