sábado, 22 de novembro de 2008

Bem que isto poderia ter aqui uma palavra apenas que sucintamente fosse capaz de resumir o que aqui se pretende abordar




Talvez por ser fim da semana, talvez por estar com algum cansaço acumulado, sinto que estou com aquela capacidade muitas vezes constatada do falar sem dizer nada, neste caso, escrever, riscar um fundo branco, sem que nada de (minimamente) útil fique registado.
São caracteres que se seguem uns atrás dos outros e, porque não, outros atrás de uns até que uma mais ou menos vasta mancha de texto fique “impregnada” neste papel “mais amigo do ambiente”.


São palavras que surgem, numa tentativa de fazer horas, quando de uma forma bem mais modesta se poderia optar por fazer minutos…é certo que se teria mais trabalho, mas o resultado iria ser exactamente o mesmo e apenas se abdicava da eficiência.

Às vezes surge mesmo esta vontade de escrever, sem nada dizer, mas lá vai o texto seguindo, como que imparável rumo sabe-se lá onde… na verdade é uma vontade que, a existir, ainda não se manifestou…deixemos essa “vontade” correr à sede do declive, segundo as normativas da gravidade.

Não tenciono maçar-vos mais, muito menos intentar que tenham que equacionar procedimentos para algum internamento compulsivo, por isso, em mais este parágrafo em que nada disse, nada acrescentei (porque não se acrescenta onde nada tem), vou dar por findo este post se bem que… o poeta também dizia que o que não existe não tem fim.


E esta, hein?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dedos na ficha




Dia de alma crua. Mais um dia em que esta etérea componente do ser (cujas denominações depende de credos ou da sua ausência) se manifesta irrequieta, circulando, vagueando, mesmo por espaços vazios, sem fim, num movimento sem sentido, num exercício sem meta.
Um poeta, Paulo de Carvalho, disse:

“Alma ai! Minh' Alma diz-me quem eu sou.
Alma ai! Minh’alma, diz-me para onde vou”

Há com aqueles dias em que a nossa “alma” não nos quer dizer para onde vai, onde nos leva, para onde seguimos… só sabemos que seguimos num eterno “em frente”, num “não me apetece desviar, dá tu um passo ao lado porque não consigo controlar a minha marcha”.
Uma alma que segue, sem rumo, só na multidão de gentes que passa, um estado latente de estado, numa sublimação de factos, vidas, existências.

Bem, ao que me parece isto está a ficar extremamente difuso, pouco claro. Acho que, é nestes momentos que se contrariam os básicos princípios da segurança, que a todos nos devem pautar, e se devem por os dedos na ficha, arranjar maneira de acordar a alma, trazê-la de volta ao “terreno”, ao real, ao momentâneo.
Finalizando, que o texto já vai longo para uma mensagem “sem sumo”, fica mais uma citação: “Na festa dos vencidos não se aceitam marcações, não existem prémios não desperta tentações. Põe-te à vontade ninguém te quer enganar, eles perdem tudo, não há nada p’ra ganhar.”


Ah, não podia deixar de agradecer às quase “300 almas” que já visitaram o blog. Vou tentar ir continuando a alinhar caracteres de forma a que estes façam algum (pouco) sentido, mas mesmo assim, formando frases com sentido. Só não sei em que sentido (só sei que será no sentido da marcha...)