segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dedos na ficha




Dia de alma crua. Mais um dia em que esta etérea componente do ser (cujas denominações depende de credos ou da sua ausência) se manifesta irrequieta, circulando, vagueando, mesmo por espaços vazios, sem fim, num movimento sem sentido, num exercício sem meta.
Um poeta, Paulo de Carvalho, disse:

“Alma ai! Minh' Alma diz-me quem eu sou.
Alma ai! Minh’alma, diz-me para onde vou”

Há com aqueles dias em que a nossa “alma” não nos quer dizer para onde vai, onde nos leva, para onde seguimos… só sabemos que seguimos num eterno “em frente”, num “não me apetece desviar, dá tu um passo ao lado porque não consigo controlar a minha marcha”.
Uma alma que segue, sem rumo, só na multidão de gentes que passa, um estado latente de estado, numa sublimação de factos, vidas, existências.

Bem, ao que me parece isto está a ficar extremamente difuso, pouco claro. Acho que, é nestes momentos que se contrariam os básicos princípios da segurança, que a todos nos devem pautar, e se devem por os dedos na ficha, arranjar maneira de acordar a alma, trazê-la de volta ao “terreno”, ao real, ao momentâneo.
Finalizando, que o texto já vai longo para uma mensagem “sem sumo”, fica mais uma citação: “Na festa dos vencidos não se aceitam marcações, não existem prémios não desperta tentações. Põe-te à vontade ninguém te quer enganar, eles perdem tudo, não há nada p’ra ganhar.”


Ah, não podia deixar de agradecer às quase “300 almas” que já visitaram o blog. Vou tentar ir continuando a alinhar caracteres de forma a que estes façam algum (pouco) sentido, mas mesmo assim, formando frases com sentido. Só não sei em que sentido (só sei que será no sentido da marcha...)

Sem comentários: