quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Dois mil e dez....




Como o Natal já passou e o novo ano está irremediavelmente aí, há que reencaminhar sms e powerpoints a todos aqueles que não nos esquecemos…de colocar na lista telefónica do nosso telemóvel e/ou nos contactos de e-mail.

Paz, saúde e pais natais a descerem pelas chaminés (em tempos de exaustores), tudo se deseja, almeja ou mascara nesta época festiva.

Se no ano passado desejei que os leitores tivessem um ano efectivamente, este…bem…(n)este momento… espero que o 2009 tenha sido efectivamente efectivo no que á efectividade diz respeito. Não, ainda não descompensei, mas certamente já estive mais longe dessa conclusão inadiável, mas não remediável… há que ir tomando as gotas.

Não saindo dos cânones da época, não quero desejar que o meu e vosso 2010 seja X, Y ou mesmo Z, até porque, bem vistas as coisas, são letras “terminais”. Poderia, alternativamente, desejar que 2010 fosse A, B e C mas corria o risco deste post se transformar num skecth da (saudosa) Rua Sésamo. Assim, invocando o meu apelido mais “futurólogo”, deixo-vos a certeza duvidosa mas esperançada que o próximo ano será positivo. Não percebo nada de numero(logia), nem me apeteceu googlar a respeito, mas que dois mil e dez é um número com bom aspecto, lá isso é.

Termino este post invocando um talento. Não me refiro “assim muito” à intérprete, mas antes ao autor do poema. Como esta é uma noite com uma madrugada suis generis resolvi sugerir esta, bem como a minha música preferida para passagens d’ano:


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Perspectivismo




Ora, como diria o Palma, “cá estamos nós outra vez”.

Hoje, sinceramente, prevejo um “texto espremido”. Não sei bem o que escrever, nem consigo explicar o porquê de o fazer mas…apeteceu-me e não se contrariam…as vontades (nem os tolos!) e se fosse a escrever pelas circunstâncias, então teria muitas elipses no texto, ideias tipo boomerang, indefinições, pensamentos…cogitações de materialização complexa.

Certamente se soubessem a que me refiro desvalorizariam tanta interrogação, mas também vos garanto que muitas cogitações das vossas, para mim seriam mais simples e não o diria com sobranceria, nem por vingança. As nossas questões, os nossos problemas são nossos e os outros uma cambada (como diria o “Estebes”) que anda por aí de olhos fechados e que pergunta se está tudo bem como quem teima em espirrar para a mão (para quando uns cartazes com a etiqueta do “bom dia como vai”?); não pensa no contágio dos outros, nem tenciona que os outros o contagiem com os seus “mais ou menos” ou mesmo problemas.

Isto tudo para dizer que o nosso perspectivismo (e assumo que arrisquei esta palavra sem ter a certeza da sua existência) é que nos impele a caracterizar (como diriam os mais pequenos) como mais grandes os nossos quid pro quo’s, relativizando, “descomplicando” e mais facilmente resolvendo os alheios (será porque há informação que está a ser sonegada?).

Bem, não vou mastigar mais este assunto porque corro o risco deste texto parecer uma tentativa falhada de um post de auto-ajuda. Não tenho essa pretensão, nem capacidades para tal…arrisco apenas uns suspiros escritos.

Assim, e para terminar, materializo (?) em duas musicas o que quero dizer quando a perspectiva sobre um mesmo objecto/facto é sempre subjectiva, até com uma simples rosa branca...




quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Novidades?



Ah, cá estou.


O que vou escrever? Acho que ainda não sei. Aliás, não sei mesmo! Mas voltou a dar-me esta vontade de responder, de esclarecer, de caracterizar (colocar sob a forma de caracteres) o que penso. Não é que me tenha surgido uma pergunta específica ou que creia que no fim do
post possa dizer: “Eh pá, agora estou esclarecido”. Ok, não estão a ver onde eu quero chegar, mas não desanimem… porque nem eu sei de onde vou partir ou se a viagem se realizará. O melhor será idealizar a questão, não a materializar…manter a dita cuja na dimensão metafísica da coisa.

Não sei se foram estas belas tardes outonais que me fizeram voltar a escrever. Sei que não foram feelings de outrora nem qualquer tipo acontecimentos. O marasmo voltou e veio para ficar. Até a célebre pergunta: “Novidades?” parece ser condição fundamental do dia-a-dia. É de mim ou há sempre alguém que teima em fazer a questão? Será que cada pessoa tem que fazer esta pergunta pelo menos a X pessoas num dia? Bem, a originalidade já “nos permitiu” o upgrade para “News?”, que, assim sendo, é mais do mesmo, mas com um sabor diferente, como que o mesmo produto mas em versão light.


Não menos original que a pergunta, surge a resposta que faz referência a uma conhecida cadeia de hipermercados cujo nome começa por C e acaba em E e que no meio tem as letras ONTINENT que ficou conhecida por ser a detentora daquilo que a novidades diz respeito.


Num ano recheado de eleições, crises, polémicas…como é possível ainda querer mais novidades? Deixem a poeira assentar, voltemos para as relíquias, as old things, afinal de contas sem o “velho” não há “novo” ou será que apenas “tudo se transforma”? Bem … sinto-me num deja-vu circunstancial, fosse eu entendido e diria que se trata quase de um dilema filosófico.


Não quero ser moralista... as “novidades” também fazem parte do meu “léxico messengeriano”, dou a mão à palmatória. É um ritualismo que se impõe, talvez possa ser um desbloqueador de conversa, quem sabe. Bem visto, é preferível a curiosidade pelo que possa haver de novo (seja circunstancial ou uma simples informação), que a provinciana questão de índole primaveril a puxar a 13 de Junho. Deve ser considerado “ouro sobre azul” o pasquim de emparelhamento… who knows?




A música, apesar de não parecer “a propósito”, é do álbum something new.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Out to...



O mundo pula e avança e, muitas vezes, temos a percepção que não saímos do sítio. Outras vezes, porém, parece que estamos a dar um “passo de gigante”, mas não saímos da “cepa torta”. Resumindo, e baralhando, devemos ter um ligeiro problema de noção espacial que não nos permite ter a noção do real alcance das nossas acções.


Algumas vezes são pormenores que nos escapam, noutras hiper-valorizamos as denominadas “merdices” (desculpem a linguagem prosaica). Então o problema será a linguística? Uma questão de (des)atenção?

Pelos vistos não são só as conversas que são como as cerejas…ou se o “cerejismo” for exclusivo do diálogo, diria que as questões são como os tremoços ou os amendoins, até porque são mais calóricas e substancialmente mais prejudiciais à saúde (se bem que também podemos considerar que são elas – as questões – que nos fazem crescer, em analogia ao alargamento anatómico garantido pela ingestão abusiva de amendoins…).

Mas então esta falta de percepção dever-se-á a quê? Egocentrismos insípidos? Visão afunilada? Falta de feedback? Hum, poderá pensar-se que se deve a momentos em que não se afigura ocupação e então a mente materializa questões sobre interrogações acerca das perguntas resultantes de inquirições duvidosas sobre o materialismo da dúvida. Não tenciono que me respondam a estas dúvidas, até porque os resistentes do blog são cada vez menos e os comentadores são auto-reply que agradeço…

Quando o existencialismo tende para “desistencialismo”, o subjectivismo perde valor e a vida sobrevoa, sobrevive… é garoa, uma teimosa chuva “miudinha” na manhã cinzenta, um nevoeiro que torna ébria a acuidade visual e que nos deixa ir, ir indo…caminhando, deambulando em passo lento, sem saltar barreiras, pé ante pé cumprindo respostas inatas numa vã competição entre pés para ver qual chega primeiro a uma meta indefinida, baça, escondida no nevoeiro…

Sei só o que sei,
Sem saber o que não sei…
Sabedorias sem cor,
Sal de um branco incolor,
Névoa que não passa,
O vento sopra, expira, passa …
O mar ao fundo,
As marés que se renovam
E eu a saber o mesmo, um vazio fundo
A saber a sal, sei, afinal
Que nascem, crescem, não morrem…mas voam.



Out to get you (James)

I'm so alone tonight
My bed feels larger than when I was small
Lost in memories, lost in all the sheets and all old pillows
So alone tonight, miss you more than I will let you know
Miss the outline of your back, miss you breathing down my neck
All out to get you, once again, they're all out to get you, once again

Insecure, what ya gonna do
Feel so small, they could step on you
Called you up, answer machine, when the human touch
Is what I need, what I need is you, I need you

Looked in the mirror, I don't know who I am any more
The face is familiar, but the eyes, the eyes give it all away
They're all out to get you, once again, they're all out to get you
Here they come again

Insecure, what ya gonna do
Feel so small, they could step on you
Called you up, answer machine, when the human touch
Is what I need, what I need is you

Let me breathe, if you'd let me breathe
They're all out to get you, once again, they're all out to get you

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Apenas e só...


A página em branco preocupa. O texto não aparece… bem, o texto não tem porque aparecer. Não tenho essa obrigação! Necessidade? Talvez…quem sabe? Eu sei… será que sei?

O que me está a parecer é que tenho os neurónios entrelaçados. É um labirinto de ideias, ou de ausência destas. Não há espaços em branco, a malha está a ficar fina e não há maneira do pensamento se sedimentar, de assentar, de passar pelo filtro imaginário que devia filtrar algumas informações e conteúdos que apenas existem para perturbar a “suave leveza do ser” (esta frase era de 1 spot publicitário que, de momento, não me ocorre de quê….espero não me vir a arrepender de o teu escrito).


Há alturas que o espírito americano se apodera e parece haver uma conspiração (cósmica?) para que haja um desatino generalizado. Convulsões de ideias, espasmos sentimentais, bipolaridade no ser, no ver e no estar… um autismo mascarado sob a forma de contentamento descontente, porque o descontentamento traz acoplado questões incómodas, repetitivas a que somos, na defesa do silêncio, obrigados a responder “sim”, “nada” e “tudo’s na mesma”.


Em momentos de diálogo surdo, resta-me escrever…falar de mim, comigo e para mim. Falar e adivinhar o pensamento, prever, sem surpreender, mas a tentar demover em questões (retóricas) a que a resposta ecoada e ressoa no anglicanismo: no sound available.


Mais não digo, não sei que diga…nem me apetece. Não vejo fundamento, conclusão possível e passível de alterar o que quer que seja o marasmo…”Lembro uma velha nora morrendo à sede de água”


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Batimentos...




Entre batidas, batidos e batimentos, decidi expressar-me relativamente a estes últimos (não que os primeiros não tivessem, em potencial, a sua pertinência).


Por vezes há momentos em que temos a percepção que a vida se suspende entre um tic e um compassado tac de um lento relógio de pêndulo, como que necessitássemos de acordar os pulmões para que inspirem e expirem e que, se não for mais, que uma maldita asma apareça para quebrar o silêncio que se instalou como uma fina camada de gelo, como que uma das “meias-horas” do dia… O batimento repete-se, num movimentar monótono e pouco harmonioso na espera que o tempo se resolva a passar ou, pelo menos, ir passando…


Mas, por vezes, o batimento acelera… o dos relógios ora pára, ora acelera, acompanhando os acontecimentos e engane-se quem afirma que bem ou mal, ritmado ou sem compasso, há sempre batimentos. Por vezes o relógio não trabalha, quiçá por vontade própria ou porque o “maquinista” decidiu fazer greve às suas obrigações ou se cansou de percorrer sempre os mesmos caminhos sem, de momento, ter motivo para ir e voltar, sempre pelo mesmo caminho, variando os sentidos mas mantendo a concentração no cumprimento estrito dos serviços mínimos (ou máximos).


Quando as coisas não batem certo, ou apenas não batem, pode também dever-se ao atrito que, como força contrária ao movimento, impede o cumprimento dos comportamentos facilmente previsíveis em condições ideais.
A certeza que tenho é que o meu “tic-tac” se mantém, porém creio que começo a optar pelo relógio analógico…hi-tech? Superficialismo? Pseudo-auto-engano? Who knows…?


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Greve!



Sim, isso mesmo…greve! Desta feita não vou “falar” sobre a greve da função pública e dos míticos e místicos pormenores associados.


Como que resolvi tentar abdicar, relegar, fazer um pause no lema cogito ergo sum (penso logo existo). Tenho tentado não pensar. Isto, para alguns pode ser parte integrante do dia-a-dia. No meu caso, é uma autêntica novidade e que estava ao alcance de uma vontade.

Há momentos em que me sinto cansado de pensar. Pensar por quê? Se pensar vou estar a dissecar aquela “dor pequenina (…) que não mata mas que mói”, a por o dedo na ferida, isto é, não manifesto inteligência e simpatia pela minha pessoa. Assim, não pensar acaba por ser melhor que pensar.

Não me apetece pensar em possibilidades, potencialidades, eventualidades e outras afinidades com gentes feitas potestades que manipulam, prendem e instigam a que o pensamento seja centrifugo, confuso…dê uma constante volta de 360º.

Mas que raio de capacidade esta de certas situações, problemas ou pessoas (ou um mix destas e outras) têm de amarrar e limitar o pensamento. Como que este estivesse viciado, com handycap…ou então nas entrelinhas lá estará o cérebro a subjugar-se a outro órgão e apenas tem tempo e liberdade para dizer: Try again…insert coin como se a vida fosse um jogo por vezes partilhado num salão de jogos (até se poderia dizer que só investindo poderá sair prémio).

Bem…o bom pensamento e o completo bem-estar resumem-se numa palavra (que acho que também se “resume” na música que se segue): Nirvana


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Chama(s) ?


Isto de chamas de Verão (felizmente) tem estado calmo aqui no nosso rectângulo encaixado à beira-mar. Mas, nos Verões além das chamas no seu sentido mais “fogueado”, também são frequentes as de outro tipo que surgem na Primavera e que no Verão “chamam” pelos “ouvintes” (sim, porque há gente que faz “ouvidos moucos” enquanto e quando pode).

São frequentes os incêndios, ou fogos de Verão, que muitas vezes queremos deixar arder (não me refiro aos impunes pirómanos), os que ardem bruscamente e os outros em lume brando…há, ainda, os que tentamos apagar de imediato.

Entre chamas incomodativas, chamas quentes (sem fazer o previsível, fácil e brejeiro trocadilho com as brasas), chamas destruidoras, ou chamas “esterilizadoras”…a estação estival poderá ter de tudo ou de tudo um pouco. Só não parece muito viável como se consegue, por vezes, apagar fogos e deixar-se arder em simultâneo (raios…este post está perigoso porque a brejeirice está periclitante… nada de referências a individualidades “ardidas”). Como se se pudesse escolher por qual chama se quer deixar queimar, ouvir o fogo a estalar, o ambiente a aquecer… o limbo da ignição, a incerteza da propagação e a hesitação do rescaldo…

Bem, a perspectiva pode ser comodista, mas creio que se recomenda o “deixa arder”, ter noção da saída de emergência mas, ao mesmo tempo, saber quando, como e se se deve alimentar o fogo.


Vai um mergulho?




Fahrenheit (Clã)

Não ouviste o fogo a arder
Não sentiste o mercúrio à Volta
A subir em flecha a subir em ti
A subir no sangue a acender o corpo
Não ouviste o chamamento
Os tambores tocando ao relento
Palcos em chamas cabelos ao vento
Incêndio de Verão
lavrando o chão

Fahrenheit a noite estala
Parte a escala
Fahrenheit a noite estala
Sente o fogo a arder
Fahrenheit a noite estala
Explode a escala
Fahrenheit a noite estala
Ouve o fogo a arder

Não ouviste o fogo a arder
Não sentiste o mercúrio à volta
Guitarras em fúria
Lanternas no ar
Vozes a cantar em tons de gasolina
Não sentiste a queimadura
Não sentiste a alma pura
Não ouviste o eco chamando outro eco
O fogo lambendo o teu coração seco

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Imitação...de vida


Há alturas na vida em que esta perde parte das suas particularidades. Umas vezes perde componentes fundamentais, noutras perde aquelas mais acessórias…em que apenas nos apercebemos que parece que falta “algo”, qualquer coisa que não bate certo, uma chave que não encaixa na fechadura mas que não faz falta porque a porta se encontra aberta…

Referindo-me aos momentos mais complicados, em que as “falhas” são mais significativas, por vezes somos obrigados a manter uma “imitação devida” (sim, tencionava escrever devida), para que não nos venham cá martirizar com questões pouco originais (muitas das vezes mais interesseiras que interessadas) como “o que tens?”, “o que se passa contigo?” ou “hoje não és o mesmo, não tens nada para me contar?”. O somatório destas imitações, como diriam “os outros” fazem-nos viver “uma espécie de vida”. Um poeta diz que é como uma imitação de vida, uma pessoa tímida num lago congelado ou (estupidificando) como um peixe dourado num aquário (grandiosa memória de peixe, naquelas circunstâncias não há melhor).


Este estadio de sobrevivência (que defendo ser mais “subvivência”) é subversivo e alimenta-se em espiral. Quando a pessoa se apercebe já desceu vários “níveis” e anseia para que algures no passado tenha “plantado uma âncora” ou, então, que apareça alguém com uns braços tremendamente compridos e com vontade de nos puxar para cima, de nos tirar daquela sensação de água a “sumir” pelo ralo em movimento uniformemente acelerado.


Entre a vida, vidinha, sobrevivência e imitações de vida, cumpre-nos estar cá enquanto o nosso ponteiro dos segundos não parar de se mexer num irritante, monótono, ritmado e firme tic-tac.

(Nota: Esta e outras t-shirt muito interessantes lá no site)


terça-feira, 14 de julho de 2009

Tempo



Esta coisa a que chamamos tempo é muitas vezes utilizada para desbloquear uma conversa que se prendeu no desconhecimento, na timidez ou mesmo na falta de assunto. É certo que, por vezes, nos deparamos com pessoas do tipo gralha que parece que inventam o que dizer, têm sempre algo a contar, uma opinião formada e decidida sobre tudo (raras vezes fundamentada), mas há outras que parecem penedos com olhos, que apenas fazem cíclicos movimentos com as pestanas e tentam esconder-se, transmitindo alheamento no olhar. É com estas últimas que melhor resulta a célebre: “este tempo está cada vez mais esquisito” (frase “intemporal”) ou então “tem estado muito frio/calor” (que necessita de adaptação consoante a aplicação em específico).


Bem…voltando ao tempo, não era do atmosférico que me tinha passado pela cabeça escrever, vou abandonar o tempo do termómetro, para o tempo do relógio (mania de arranjar sempre objectos e unidades de medida…).
Parece que o meu tempo de isolamento chegou. Apesar de não estar com a afamada gripe A (pelo menos não se manifestaram sintomas), parece que tudo o que outrora tinha à minha volta se dissolveu. Se outrora me cheguei a sentir só no meio da multidão, neste momento nem multidão tenho. Esta “privação de socialização” ajuda a contactar com a realidade, colocar de parte alguns sentimentalismos e esclarecer relativamente ao grau de importância que temos para os outros (e que os outros têm para nós). Isto não é um lamento, até porque esta mudança de distrito de residência (e perceberão porque digo distrito e não concelho), permitiu-me conhecer mais algumas pessoas extremamente interessantes e compatíveis com a minha pessoa…a ver vamos a duração e resistência destes novos “laços”…

Pronto, por hoje parece-me lavada a alma…ou, pelo menos, mais leve…faz-me bem expirar por escrito. Se acharem que se aplica, sigam a música e digam algo, não necessariamente a mim, mas a alguém que vos diga “algo” e a quem ainda não disseram tudo, nem estão reféns da pergunta do tempo.


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Falta de...



Não sei como adjectivar. Sim, não sei. Serão garras? Serão amarras? Sei que é algo que me prende. Não saio, não me liberto. Não me libertam. Quero partir mas o pensamento também me prende, persegue, manipula, impõe, condiciona, limita…
Tenho aquela vontade de pegar em alguns “ficheiros” e apagar, sem que eles passem sequer pela reciclagem (são pensamentos sem direito a qualquer tipo de valorização, são “pensamentos perigosos”).

O pensamento está lá, latente. É uma teia com uma aranha perspicaz que vai dando conta dos pensamentos e ocupações novas, mas que mantém a sua presa lá a observar, à espera de um pequeno movimento na teia para se mover, mas apenas para digerir o que apareceu de novo em fugazes segundos... enquanto o eterno irresolúvel se mantém, exposto (ou não) aos agentes exteriores…


Falta aqui um “click”, um momento que defina, decida…falta um “como”, porque o “quem” julgo já ter respondido…Seguir-se-á o “quando”, e afins, mas há que começar por algum lado (mas creio que já comecei, “faz-se o caminho ao andar”).


Estou a caminhar numa estrada com um rumo definido, a estrada teima em ir dar aquele destino (está inclinada?). Surgem obstáculos, apanham-se boleias (de “desconhecidos”?), mas tudo se mantém. Porquê? Não sei…Sei que ainda percorro o caminho, ainda tenho que andar e estudar a osmose com o destino.


Bem… o amanhã é sempre longe demais, mas que seja assim…


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Desbloquear


Há alturas em que necessitamos de um “ctrl+alt+delete”. Os bloqueios podem ser mais ou menos
frequentes e as necessidades de reiniciar o sistema ocorrerem com maior ou menor frequência.

O certo, é que há alturas em que não se sabe o que fazer ou, indo à fonte, se se deverá fazer o que quer que seja…até pensar!

Coisas como “preso por ter cão e preso por não ter” fazem parte das cogitações diárias. Só o acto de pensar nos põe a pensar se o deveríamos fazer ou se, alternativamente, deveríamos tentar a “fuga” e o poeta diz o seguinte:


“O cobarde é uma pessoa que foge pra trás
o herói é uma pessoa que foge prá frente
em maior ou menor grau
todos nós fugimos ao
medo que faz o cobarde
medo que faz o valente

O certo é que quando te olhas
te entregas à introspecção”

Tentando não fugir à questão, e encarando-a como deve ser (de frente), muitas vezes o complicado é digerir os acontecimentos da vida, processar muito bem as ocorrências e assimilar fracassos e sucessos e tentar simplificar procedimentos porque uma vida com qualidade terá obviamente que seguir padrões sustentados não só na eficácia, mas antes na eficiência.

Ah… vou-me deitar naquele sofá...

domingo, 21 de junho de 2009

Viagens , caminhos, trajectos…


Este poderia ser um post movimentado, (en)caminhado, com texto corrido ou viariamente sobre rodas. Vou tentar que o texto flua, siga o seu rumo, que, tal como a vida, seja uma viagem numa jangada. Ajustam-se as velas, (des)esperasse que o vento sopre, deseja-se um mar calmo.



Deixando as lides marítimas (ou fluviais, deixo-vos o livre arbítrio), pés na terra, rumo a… qualquer sitio, onde a vida nos levar ou, alternativamente, onde nos deixarmos ir… Esta viagem não pára, não volta atrás (felizmente?) - será que não volta mesmo? Ainda nos é permitido sonhar acordados em encefálicos replay’s…




Será que se poderá aplicar às viagens da vida a máxima feirante: Mais uma volta, mais uma viagem?




Bem… quando se pensa é que se viaja, para longe, para onde se está bem, com que se quer estar, passar, conversar, “com-viver”. Olha-se para o infinito, e sai do fundo um sentido suspiro, o corpo perde pressão, e o espírito e os desejos libertam-se.




O necessário e inevitável passar do tempo nos dará habilitações para que conduzamos e nos deixemos conduzir dos pequenos trajectos às viagens, porque é impossível não ir…nem que se siga só… como referi anteriormente: “vou sem rumo nem Norte, sem rima nem mote. Vou indo…”


Para terminar o post (e apenas tinha pensado incluir a música drive, mas tropecei na outra quando estava no youtube), ficam 2 músicas. Da música do Lenine apreciei particularmente esta parte da letra:

Às vezes é um instante

A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

(lamento a qualidade e gosto da foto, mas é da minha autoria)



terça-feira, 9 de junho de 2009

Vento(s)




Forte, frio e fátuo bate o vento

Impossibilita a visão desprovida de interferências
Limita o alcance da “vista desarmada”
Impede o alcance do olhar.
Para além da bruma somente ausências
Apenas uma vaga ideia de mar, ou de luar…

Com teus braços escondes
O que o óbvio quer mostrar
Sopra, vive, uiva, zéfiro de mil fontes
Apaga o deserto onde alguém decidiu andar.

No vento também se entregam
Crenças, segredos, silêncios…
Esquecimento (meu) vai, segue como o rumo dos rios
Enquanto os sentimentos se sedimentam…





quarta-feira, 27 de maio de 2009

Longínquas proximidades distantes


Bem, este título não abona nada acerca da minha sanidade mental, mas também acho que cada um terá a sua própria percepção quanto à minha sanidade mental (acima de tudo importa a minha percepção e que cada um tenha a sua acerca de si mesmo).

Como não mastigo as palavras e tendo a onda de escrever batido nesta praia, resolvi (mais uma vez) deambular…

A noção de distância é relativa, subjectiva e cada vez mais ténue (quando susceptível de ser minorada com as novas tecnologias).

Não vou aqui cogitar acerca da denominada “distância de um click”, nem elogiar os progressos hi-tech, muito menos divagar acerca das dependências criadas pelas novas tecnologias.

As voltas da vida fizeram-me contactar com um universo da ruralidade que desconhecia. A “minha” cidade (e que me seja perdoado o espírito possessivo), continua a fazer parte do meu quotidiano, mas fisicamente só contactamos esporadicamente. Esta ausência de pessoas, ruas, e locais é algo que se sente como que de uma forma intrínseca, na essência do ser. É estranho alimentar o ser com relações e contactos estritamente profissionais e/ou de circunstância, ou então é como que uma nova selecção de músicas que tenho que ouvir, inexplicavelmente condicionada pelo destino e que praticamente me impede de ouvir os “meus clássicos”.

Claro que são estas oportunidades da vida em que se recordam (com arrependimento?) velhos desejos de “desaparecer do mapa”, ou que se majora o valor de que fica distante e transforma os contactos num concentrado de emoções, numa tentativa vã de ficar com algum substrato, alguma da sua essência para irmos diluindo pelo resto dos dias.

Juntamente com as saudades, surgem os esquecimentos dos locais e pessoas que à força queremos esquecer (ou que preferimos não lembrar) e aqueles que teimamos em recordar (excluindo…os que estão cativos quer no cérebro, mas – principalmente – no coração).

Para não me alongar e distanciar do (pseudo) objectivo do post, termino (como tem sido hábito) com uma música mais ou menos a propósito que classifico como “audível” e que (por algum motivo) me lembrei…

Nota: esta é do (não) longínquo 1993


quinta-feira, 7 de maio de 2009

O sal está-se a acabar



Começo este post a dizer que este não se refere a políticas alimentares extremamente bem aplicadas e que reduziram o teor de sal e, consequente, o risco de desenvolver doenças cardíacas…


Isto do sal já tem muito tempo (e não estou a falar das salinas de Aveiro). Vem desde os postulados que “o sal não salga” ou que a “terra não se deixa salgar”, mas não vou por aí porque essa pregação já foi feita.


Este reavivamento de memória deveu-se ao facto de ter ouvido uma música, que está no fim do post.


Outrora já um “poeta” já tinha abordado esta temática salgada. Tirando uma parte, sem considerar o todo, a música diz o seguinte:


Mal, mal!

Tudo igual.
Ou tudo bem aparte a falta de sal.

Às vezes mascaramos a nossa resposta ao “tudo bem?” com um reflexo sim. Ficamos com a nossa falta de sal, com o “destempero”, uns diriam “salero”, outros ainda “que falta imensa paprika”.


Isto de às vezes a vida ser servida sem sal, desculpem-me os acérrimos da vida saudável, não tem jeito nenhum. Uma vida tem que ter emoções, tem que fazer bater forte o coração. Daí, a vida tem que ser temperada com uma dose q.b. de sal. Sal grosso, sal de cozinha, sal refinado e até sal gema…sal para todos os gostos e feitios (afinal, é antigo o conhecimento que o sal conserva…).


Para que este post não fique demasiado extenso e vos deixe espiritualmente post-mortem, deixo a tal música e respectiva letra e…atenção ao sal.






Vem conversar, eu pago as imperiais e os cafés…
Estou a precisar de atenção.

Tenho dado tantas voltas ao revés, perto de cair…
Eu tenho de abrir.

Este convite fica aqui, às voltas no ar.
Este convite é para ti, se acaso aí chegar.

Podes não ter tempo ou disposição, podes até não estar por cá…

Ouvi dizer que tu também não andas na maior, talvez nos faça bem arejar…

Não vamos ser piegas nem trocar a dor;
somos os peões, somos campeões.

Este convite fica aqui, às voltas no ar.
Este convite é para ti, se acaso aí chegar.

Podes não ter tempo ou disposição… Podes até não estar por cá.
- Ainda sabes rir? Consegues chorar? Sabes um segredo…?
- Sei lá…

Clã e Jorge Palma

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A vida é uma questão de… tempo


Após algum tempo sem escrever, parece que voltei a ter tempo para continuar a fazer suceder palavras para pôr em prosa pensamentos a “destempo”.

Enquanto o tempo passa, andamos… segundo o tempo: solarengos, nublados, com dias de nevoeiro e, depois, os fatídicos (mas frescos) dias de aguaceiros.

Felizmente que a maioria das pessoas que conheço vive num eterno Verão, ou numa Primavera latente (aqueles solarengos mas que também fazem o meu sistema imunitário reagir sob a forma de espirro). Esta época primaveril faz da sociedade um conjunto de seres mais “despertos” e sociáveis, dispostos a passar tempo…quando antes se “perdia tempo”, não se tinha tempo que chegasse para nada, nem mesmo para fugir ao frio.

Esta coisa do tempo, que vai além do piscar dos “dois pontos” do universo relojoeiro digital ou do tradicional ponteiro que não pára, tem as suas fases cíclicas, a fase reservada para os amigos, a fase reservada à família, a fase sem tempo para ter tempo e, ainda, a fase destinada às coisas que fazem de nós mais que seres-vivos, algo que designaria como seres-activos, pró-vivos!

Actualmente (e agora tenho o meu momento mais introspectivo) acho que há aqueles para quem tenho muito pouco tempo, aqueles que nem tempo tenho…e há ainda uma facção para quem queria ter mais tempo para usufruir da sua companhia, mas as circunstâncias limitam-nos a umas 24h diárias que felizmente não são ampliadas porque suponho que iríamos aumentar as nossas ocupações e manter (com sorte) ou reduzir o tempo disponível, livre, liberto de “pré-ocupações”.

Porque já é tempo de parar com escritas e permitir que a vida se desprenda de caracteres físicos e volte aos metafísicos, anexo a este post uma música que não ouvia…”há tempos”.


quinta-feira, 12 de março de 2009

Silêncio


O silêncio por vezes é desejado, outras vezes é ensurdecedor. Assim, existem silêncios de diferentes “espécies”, modos, feitios e ocasiões (e, nesta questão das ocasiões, não me refiro à surdez de circunstancia).

Acho que há alturas na vida em que como que vivemos num silencio cru no meio de bombardeamentos de informações, pregações ou mesmo questões sem resposta (nada mal quando comparado a sequencias de frases sem sentido – e aqui estou a colocar um dedo na minha própria ferida).

São os silêncios comprometedores, em que se ouvem os olhares, são os silêncios de comprometimento de olhares “desviados”, são silêncios de ignorância de olhares perdidos no horizonte ou na distracção recém-criada, são silêncios de olhos tristes e calados. Afinal, isto do silêncio tem que ser relacionado considerando as várias tipologias existentes, assim como as extrema ligação que este tem com o olhar.

Creio que há silêncio quando se espera algo, quando se deseja ouvir algo ou alguém e não simplesmente a ausência de ruído. O silêncio da “paz d’alma” relaciona-se muito mais com desassossegos ou palpitações do órgão cardial.

Nas vivências presentes, há um silêncio só, um silêncio distante, imperceptível, mas que é diagnosticável mas não lhe alcanço a terapêutica...

Antes que o silencio “se quebre” (porque o ditado refere desta forma a fragilidade do silêncio), e se solte o sucessor suspiro, espero que viagem em silêncio (ou não) com esta musica…

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Segurança infantil

Numa pesquisa musical para dar resposta a certas e determinadas situações e/ou pessoas (nomeadamente devido à pouca vontade de fazer algumas refeições ou “curar” alguma crise passadista), fui até ao “youtube”.

Para a crise passadista “receitei” um Serafim Saudade que… se não for mais anima a malta. Vídeo puxa vídeo (tal como palavra puxa palavra - de preferência sem António Sala) e fui ver o vídeo de um dos sketches do Tal Canal que era o “Cozinho para o Povo” onde se podia alimentar a memória e o estômago (mas sempre com “imeeeeensa paprika”).

Eis senão quando, e as Joanas que me perdoem, acabei por encontrar o vídeo que as poderá martirizado na infância: “Come a papa, Joana come a papa”.

Relativamente a esta música…ou só me tinham ensinado o refrão, ou então um dos primeiros versos…porque aquilo que hoje descobri (e é com alguma “mágoa” que só passado “tanto” tempo consegui desvendar) que há uma a rima capaz de irritar muita gente, tal e qual o facto de atirar o pau ao gato (com que ainda hoje a protectora dos animais se debate), em que o raio do bicho é atingido mas não morreu, eu, eu (para grande admiração da D. Chica).

Então não é que se diz, a certa altura, “10,11,12 à espera que a mosca pouse e 1 colher de papa”. À primeira vista, temos um “choque anti-higiénico”. Numa “leitura” mais atenta poderá depreender-se que a papa está quente e por isso é necessário esperar que a mesma arrefeça ou então forçar a mosca a pousar noutro sítio, para que seja efectuado o procedimento de levar a colher com papa até à boca da Joana.

Mas…esta relação da mosca e da sopa…e o rimar “doze” com “pouse” só mesmo com uma pronuncia alternativa (daquela que se assiste na TV do tipo “douze” e, às vezes “treuze”)…bem acho que afinal a ASAE anda a dormir e deverá também entrar em campo nestas questões de segurança alimentar das musicas infantis, ou mesmo na protecção da integridade física dos animais. O que vos parece? Para quando legislação à altura de combater este atentado à segurança?




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

DR

 
Cá estamos novamente (sim, usei o plural porque cá estou eu a escrever e V. Exa. a ler, assim já se justifica e aplica o plural), neste nosso espaço.
Hoje deu-me para escrever, coisa que já não fazia desde o ano passado e que os mais atentos (bem… uma leitora atenta) fizeram questão de me perguntar se o blog estava “esquecido. Ora bem, ele não se olvidou da minha massa encefálica, porém o “apetite” da escrita não tem surgido, não tem havido essa necessidade nem se pode dizer que antes tenha sido provocado. A fase de latência da escrita foi interrompida quando a referida leitora, de quem vou manter o anonimato identificando-a apenas por A (sendo que o nome dela começa e acaba com essa letra e tem no meio ngel) me perguntou pelo blog. Este “manifesto interesse”, associado ao que li hoje, fizeram com que decidisse escrever.
Hoje, na minha leitura diária dos destaques do Diário da República para ver se foi publicada legislação com interesse para a minha actividade profissional, deparei-me com umas “nomeações” do Sr. Presidente da República que, com tantos títulos, mal se conseguem ver os nomes dos nomeados. Vejam:

DR 29 SÉRIE I de 2009-02-11

Decreto do Presidente da República n.º 7/2009
Presidência da República
Confirma a promoção ao posto de Contra-Almirante do Capitão-de-Mar-e-Guerra da classe de Administração Naval José Carlos da Palma Mendonça

Decreto do Presidente da República n.º 8/2009
Presidência da República
Confirma a promoção ao posto de Contra-Almirante do Capitão-de-Mar-e-Guerra da classe de Engenheiros Maquinistas Navais João Leonardo Valente dos Santos

Decreto do Presidente da República n.º 9/2009
Presidência da República
Confirma a promoção ao posto de Major-General do Coronel Tirocinado Médico Esmeraldo Correia da Silva Alfarroba

Bem, neste último caso era impossível não ver o nome…porque Esmeraldo Alfarroba não é um nome qualquer, não senhor…
Pensava eu que hoje não tinha saído legislação com interesse, mas deparei-me com uma publicação que deveria ser abordada na comunicação social:

Decreto-Lei n.º 41/2009
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Revoga o Decreto-Lei n.º 4/90, de 3 de Janeiro, que estabelece as características gerais a que devem obedecer os bolos e cremes de pastelaria.

Agora, aproveitem o link e vão acompanhando a legislação, imprimam em formato “de bolso” e levem da próxima vez que forem a uma confeitaria! A ver se eles continuam a aldrabar o pessoal, por exemplo, nas bolas de berlim…que apenas têm creme quase na parte de fora! Alguém tinha que fazer alguma coisa…esperemos que, com isto, não nos “estraguem” alguns doces. Continuação de bom-apetite!

Nota: Segundo o Decreto-Lei n.º 41/2009, Os bolos e cremes de pastelaria, pelas suas características, enquadram -se nas categorias de géneros alimentícios abrangidos pelo Regulamento (CE) n.º 2073/2005… Ah…a União Europeia anda por aí…o castigo vai ser pesado para os surripiadores de creme das bolas de berlim!