segunda-feira, 29 de junho de 2009

Falta de...



Não sei como adjectivar. Sim, não sei. Serão garras? Serão amarras? Sei que é algo que me prende. Não saio, não me liberto. Não me libertam. Quero partir mas o pensamento também me prende, persegue, manipula, impõe, condiciona, limita…
Tenho aquela vontade de pegar em alguns “ficheiros” e apagar, sem que eles passem sequer pela reciclagem (são pensamentos sem direito a qualquer tipo de valorização, são “pensamentos perigosos”).

O pensamento está lá, latente. É uma teia com uma aranha perspicaz que vai dando conta dos pensamentos e ocupações novas, mas que mantém a sua presa lá a observar, à espera de um pequeno movimento na teia para se mover, mas apenas para digerir o que apareceu de novo em fugazes segundos... enquanto o eterno irresolúvel se mantém, exposto (ou não) aos agentes exteriores…


Falta aqui um “click”, um momento que defina, decida…falta um “como”, porque o “quem” julgo já ter respondido…Seguir-se-á o “quando”, e afins, mas há que começar por algum lado (mas creio que já comecei, “faz-se o caminho ao andar”).


Estou a caminhar numa estrada com um rumo definido, a estrada teima em ir dar aquele destino (está inclinada?). Surgem obstáculos, apanham-se boleias (de “desconhecidos”?), mas tudo se mantém. Porquê? Não sei…Sei que ainda percorro o caminho, ainda tenho que andar e estudar a osmose com o destino.


Bem… o amanhã é sempre longe demais, mas que seja assim…


4 comentários:

MY space... disse...

Parece que o "love" tbm anda por estes lados. E sinto exactamente o mesmo. Seria melhor não sentir nada, ou apenas liberdade, mas no lugar desses ficheiros ficaria um vazio. E seria doloroso terminar com algo que já nos afeiçoamos.
Espero que o futuro nos sorria.
E assim vai ser :D

MY space... disse...

Pena é só ser eu a comentar isto...

Mónica Pinto disse...

Muito inspirados...
Por bons ou por maus motivos, mas sejam eles quais forem vão-se resolver! Basta para isso acreditar...
Beijo

Unknown disse...

Olá Miguel

A propósito… apraz-me dizer-te que…

Por vezes tenho a sensação que não sou eu a percorrer o caminho mas sim o caminho a fazer-me percorrê-lo!

Integrada num pelotão de factos, pessoas, circunstâncias, acontecimentos, vontades, que de alguma forma me (des)orientam (?) durante o percurso, vou ultrapassando os obstáculos existentes, ganhando mais ou menos tempo em cada uma das etapas, para que, no final, atinja a meta, onde estará sempre alguém (é minha convicção) à minha espera, pronto para testemunhar comigo, a minha (nossa) vitória e para saborearmos o momento, que será a primeira etapa da meta seguinte!

Constato que a caminhada é difícil, muitas vezes dúbia, pejada de medos, inseguranças e incertezas… Por vezes, chega a ser paralisadora!
No entanto, não faria sentido fazê-la, se não acreditasse que no final (e mesmo durante), independentemente da velocidade imposta pelo contra-relógio da vida, o resultado iria corresponder às minhas expectativas!

Resta-me continuar com/na “prova” e sempre atenta a “esta osmose com o destino”!

(…tema difícil este, hã?)

Beijo