terça-feira, 9 de junho de 2009

Vento(s)




Forte, frio e fátuo bate o vento

Impossibilita a visão desprovida de interferências
Limita o alcance da “vista desarmada”
Impede o alcance do olhar.
Para além da bruma somente ausências
Apenas uma vaga ideia de mar, ou de luar…

Com teus braços escondes
O que o óbvio quer mostrar
Sopra, vive, uiva, zéfiro de mil fontes
Apaga o deserto onde alguém decidiu andar.

No vento também se entregam
Crenças, segredos, silêncios…
Esquecimento (meu) vai, segue como o rumo dos rios
Enquanto os sentimentos se sedimentam…





1 comentário:

Unknown disse...

Olá Miguel!
(finalmente o meu comentário!)

Brindaste-me, hoje, com mais uma das tuas obras de arte da escrita. Não, não é exagero meu; é antes uma feliz constatação daquilo que já supunha seres, e a confirmação daquilo que, sem dúvida, um dia (em não longínquas, proximidades distantes)serás!
Mas peço que me permitas (e desculpa a minha veleidade)que partilhe contigo uma outra

perspectiva…

"O vento também é leve, quente e envolve-nos em si mesmo… Bate, trazendo consigo a esperança, a novidade, o sonho, a mudança…
Esconde em seus braços, aquilo que só ele mesmo teima em nos mostrar! Ficamos ansiosos à espera.
Tem a dita de “limpar” a bruma que turva os nossos pensamentos e as nossas emoções.
Corre o mundo, num voo acrobático, à procura da poção mágica para os nossos desejos mais secretos.
É de todos e não é de ninguém! É livre!"

Um Xi coração

Célia