quarta-feira, 27 de maio de 2009

Longínquas proximidades distantes


Bem, este título não abona nada acerca da minha sanidade mental, mas também acho que cada um terá a sua própria percepção quanto à minha sanidade mental (acima de tudo importa a minha percepção e que cada um tenha a sua acerca de si mesmo).

Como não mastigo as palavras e tendo a onda de escrever batido nesta praia, resolvi (mais uma vez) deambular…

A noção de distância é relativa, subjectiva e cada vez mais ténue (quando susceptível de ser minorada com as novas tecnologias).

Não vou aqui cogitar acerca da denominada “distância de um click”, nem elogiar os progressos hi-tech, muito menos divagar acerca das dependências criadas pelas novas tecnologias.

As voltas da vida fizeram-me contactar com um universo da ruralidade que desconhecia. A “minha” cidade (e que me seja perdoado o espírito possessivo), continua a fazer parte do meu quotidiano, mas fisicamente só contactamos esporadicamente. Esta ausência de pessoas, ruas, e locais é algo que se sente como que de uma forma intrínseca, na essência do ser. É estranho alimentar o ser com relações e contactos estritamente profissionais e/ou de circunstância, ou então é como que uma nova selecção de músicas que tenho que ouvir, inexplicavelmente condicionada pelo destino e que praticamente me impede de ouvir os “meus clássicos”.

Claro que são estas oportunidades da vida em que se recordam (com arrependimento?) velhos desejos de “desaparecer do mapa”, ou que se majora o valor de que fica distante e transforma os contactos num concentrado de emoções, numa tentativa vã de ficar com algum substrato, alguma da sua essência para irmos diluindo pelo resto dos dias.

Juntamente com as saudades, surgem os esquecimentos dos locais e pessoas que à força queremos esquecer (ou que preferimos não lembrar) e aqueles que teimamos em recordar (excluindo…os que estão cativos quer no cérebro, mas – principalmente – no coração).

Para não me alongar e distanciar do (pseudo) objectivo do post, termino (como tem sido hábito) com uma música mais ou menos a propósito que classifico como “audível” e que (por algum motivo) me lembrei…

Nota: esta é do (não) longínquo 1993


2 comentários:

MY space... disse...

Eh pa a distancia é a soma dos módulos dos vectores que determinam o percurso. lol
Mas esta coisa de desaparecer do mapa não é mais do que querer chamar a atenção daqueles (as), sobretudo elas, que perferimos esquecer. O coração é mesmo nabo. Primeiro ah e tal ELA! E depois vem aquela do mais vale esquecer!
Força nisso pa!
abraço

MY space... disse...

e não é perferir mas preferir... xD