quinta-feira, 7 de maio de 2009

O sal está-se a acabar



Começo este post a dizer que este não se refere a políticas alimentares extremamente bem aplicadas e que reduziram o teor de sal e, consequente, o risco de desenvolver doenças cardíacas…


Isto do sal já tem muito tempo (e não estou a falar das salinas de Aveiro). Vem desde os postulados que “o sal não salga” ou que a “terra não se deixa salgar”, mas não vou por aí porque essa pregação já foi feita.


Este reavivamento de memória deveu-se ao facto de ter ouvido uma música, que está no fim do post.


Outrora já um “poeta” já tinha abordado esta temática salgada. Tirando uma parte, sem considerar o todo, a música diz o seguinte:


Mal, mal!

Tudo igual.
Ou tudo bem aparte a falta de sal.

Às vezes mascaramos a nossa resposta ao “tudo bem?” com um reflexo sim. Ficamos com a nossa falta de sal, com o “destempero”, uns diriam “salero”, outros ainda “que falta imensa paprika”.


Isto de às vezes a vida ser servida sem sal, desculpem-me os acérrimos da vida saudável, não tem jeito nenhum. Uma vida tem que ter emoções, tem que fazer bater forte o coração. Daí, a vida tem que ser temperada com uma dose q.b. de sal. Sal grosso, sal de cozinha, sal refinado e até sal gema…sal para todos os gostos e feitios (afinal, é antigo o conhecimento que o sal conserva…).


Para que este post não fique demasiado extenso e vos deixe espiritualmente post-mortem, deixo a tal música e respectiva letra e…atenção ao sal.






Vem conversar, eu pago as imperiais e os cafés…
Estou a precisar de atenção.

Tenho dado tantas voltas ao revés, perto de cair…
Eu tenho de abrir.

Este convite fica aqui, às voltas no ar.
Este convite é para ti, se acaso aí chegar.

Podes não ter tempo ou disposição, podes até não estar por cá…

Ouvi dizer que tu também não andas na maior, talvez nos faça bem arejar…

Não vamos ser piegas nem trocar a dor;
somos os peões, somos campeões.

Este convite fica aqui, às voltas no ar.
Este convite é para ti, se acaso aí chegar.

Podes não ter tempo ou disposição… Podes até não estar por cá.
- Ainda sabes rir? Consegues chorar? Sabes um segredo…?
- Sei lá…

Clã e Jorge Palma

2 comentários:

MY space... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MY space... disse...

A verdade é que há quem sofra de doenças cardíacas graves como a falta de amor ou o excesso do mesmo acumulado ao longo de anos com a falta de exercício. Neste caso não se põe em causa a falta de sal mas antes a forma de salgar seja la quem for o (a) outro (a). Porém a sociedade vive ultimamente com sal que pouco ou nada salga. Isto pq só interessa se o sal é ou não de marca. Agora a qualidade ou a sua intensidade são deixados ao acaso.
Mas concordo ctg e penso que necessitamos urgentemente de um salzinho mais requintado para poder dar um toque de vida ao marasmo que nos habituamos.