Tédio, melancolia… sucessão de inspirações e expirações num “respirar inato” que apenas visa encaminhar mais umas moléculas de oxigénio para o interior do organismo.
Estado biológico? Não!
Estado psicológico? Não!
É mais um “básico” “estado sólido” com ideias voláteis muitas vezes imiscíveis com racionalidades e emoções… assim como que suspensas no ar, a sobrevoar… ou então como uma sombra que não se “alimenta” de sol para viver, mas dos nossos tempos mortos, ou em casos mais “sérios”, devora lenta e fatalmente dos nossos neurónios.
São ideias, pensamentos, “fantasias”, reflexões, concepções… são jardins secretos que percorremos, no meio do cinzento de um dia granítico, na secura de um Saara de emoções enquanto se deambula entre estranhos conhecidos, conhecidos estranhos ou mesmo quando se estranha o facto de não se saber (exactamente) de onde se conhece a pessoa que passa.
Como podem constatar, mais uma vez, a minha massa encefálica continua a processar uma qualquer informação…que nem eu sei ao certo no que vai dar, sendo que até mesmo eu desconfio se irá dar a lado algum ou, ainda, se terá mesmo que levar onde quer que seja (maldita condição humana de querer resultados e respostas).
Esta vida enigmática, feita de “rasteiras” que nos fazem “acordar” do sonambulismo que nos entorpece os instintos e as acções irreflectidas, chega a ser indecifrável, duvidosa… mas aqui (não como no caso de estar perto do abismo) há que dar o “passo em frente”, rumo a algo melhor ou, pelo menos, rumo a algo diferente…afinal, o fim de tudo não passa de um recomeço e estes pensamentos são parte da “viagem”, passo a passo...