Era tudo tão mais fácil se o fosse mais simples.
Tenho perfeita noção que tenho especial apetência (ou
competência) para complicar. Mas, afinal , quem não o é ou não o faz? Acabo de
em deparar com um problema semântico…isto de complicar está no âmbito do ser ou
no do fazer? Acho que está entre o empírico e o adquirido, oxalá alguém me
explique, me elucide, me esclareça (lá está, compliquei com os quase
sinónimos).
São frequentes os momentos em que me apercebo que as coisas são,
afinal, mais simples do que me pareciam, mas também não são raros os momentos
em que perante uma complicação algo me parece óbvio e claro. Porque não
equacionar todos os cenários possíveis perante uma situação? Onde está a
fronteira entre a precaução e o excesso de zelo que impede de avançar? Até onde
se pode complicar para defender uma ideia ou, então, para a contrariar,
desarmar e destruir?
Bem, estou a complicar o assunto…mas, se o assunto era a
complicação não era suposto simplificar, certo?
Outra ocasião propícia “ao complicamento” é quando nos
debruçamos sobre um dos nossos problemas, porque esses são realmente complexos…já
diziam os outros que “a vida dos outros é tão simples para mim”.
Teoricamente deverá aplicar-se à vida o princípio KISS.
Mononucleoses à parte, o KISS é a sigla, ou acrónimo (diferença?) de Keep it Short and Simple que, segundo a wikipédia, tem a sua origem em Albert Einstein ("tudo deve
ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso")
e Antoine de Saint-Exupéry ("A
perfeição é alcançada não quando não há mais nada para adicionar, mas quando
não há mais nada que se possa retirar").
Há também outras correntes de opinião (ou de autor) que dizem
que o tal KISS pode ser Keep it Simple,
Stupid, Keep it Simple, Silly ou ainda Keep It Sweet
& Simple, mas essas correntes levar-me-iam para outro porto.
Resumindo, há que reduzir o pensamento e o
discurso (ou essencialmente o discurso) ao essencial, guardar o que se deve
escusar à partilha (porque nem tudo a socialização obriga)…precavemos o
desgaste do nosso latim, prevenimos anomalias de audição dos nossos
interlocutores e evitamos que algo se não entenda. Confuso? Talvez…
Termino com duas músicas, uma mais provável, outra mais no
sentido da não complicação.
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