Não sei como adjectivar. Sim, não sei. Serão garras? Serão amarras? Sei que é algo que me prende. Não saio, não me liberto. Não me libertam. Quero partir mas o pensamento também me prende, persegue, manipula, impõe, condiciona, limita… Tenho aquela vontade de pegar em alguns “ficheiros” e apagar, sem que eles passem sequer pela reciclagem (são pensamentos sem direito a qualquer tipo de valorização, são “pensamentos perigosos”).
O pensamento está lá, latente. É uma teia com uma aranha perspicaz que vai dando conta dos pensamentos e ocupações novas, mas que mantém a sua presa lá a observar, à espera de um pequeno movimento na teia para se mover, mas apenas para digerir o que apareceu de novo em fugazes segundos... enquanto o eterno irresolúvel se mantém, exposto (ou não) aos agentes exteriores…
Falta aqui um “click”, um momento que defina, decida…falta um “como”, porque o “quem” julgo já ter respondido…Seguir-se-á o “quando”, e afins, mas há que começar por algum lado (mas creio que já comecei, “faz-se o caminho ao andar”).
Estou a caminhar numa estrada com um rumo definido, a estrada teima em ir dar aquele destino (está inclinada?). Surgem obstáculos, apanham-se boleias (de “desconhecidos”?), mas tudo se mantém. Porquê? Não sei…Sei que ainda percorro o caminho, ainda tenho que andar e estudar a osmose com o destino.
Bem… o amanhã é sempre longe demais, mas que seja assim…