Não me proponho a responder, apenas a questionar…
Acho que envelhecer é sobretudo relativizar e aprender a
valorar devidamente os acontecimentos. O impossível passa a complicado, o
complicado passa a “deixa lá ver se se consegue resolver”, o que antes era resolúvel
passa a complicado, ou a impossível de resolver.
Será então a vida um “intervalo
de cruzamento de braços”? Não me parece…
Reduz-se a capacidade de fazer “das tripas coração” para se
aumentar a necessidade de fazer das já referidas miudezas órgão cardial.
Os suspiros de ânsias, convertem-se em suspiros cansados
e/ou conformados…quem não é vencido (ainda que por parcas vezes) pelo cansaço
que atire a primeira pedra (mas que a atire para onde não provoque grande nem
grave dano)!
Passam os dias ao ritmo de epifanias, de mudanças de estados
amizades que passam do estado sólido para o líquido e/ou para o gasoso (não necessariamente
com a fase intermédia) e, por vezes, reacções inversas…familiares que se pensam
ser isto quando afinal são aquilo, gentes exemplares que afinal também falham,
erram…também, perdoem-me o “popularismo” da expressão: “metem nojo”.
Em suma, ainda que não existam fases pachorrentas, vai-se a
pachorra. Haja boa disposição, esperança e sentido de humor como alguém disse,
para se conseguir deixar pão com tulicreme nas migalhas da memória (citação
fresca).
Não, não me sinto velho…sinto-me reflexivo. Isso também é
envelhecer?
Eternamente jovem? Depende… Conformo-me, convivo, sobrevivo
e luto com as circunstâncias.
Para findar deixo duas músicas “amadurecidas”
2 comentários:
Faltava isto:
http://www.youtube.com/watch?v=mcwRwP_99Zk
O vídeo colocado no Facebook, fez-me voltar a espreitar este 'cantinho' tão amplo, e gostei muito do que li... A vida deve ser vivida com a maior qualidade possível, e com aqueles de que mais gostamos perto de nós (embora às vezes o perto também seja relativo), independentemente da idade que tenhamos. Gosto muitodas tuas reflexões... continua! =)
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