Isto de falar sobre a verdade parece que tenho vontade ou necessidade de esclarecer algo, o que não é o caso.
Este tema, já agora, desperta-me alguma cogitação extra: verdade ou verdades? Será a verdade uma "coisa" que se reponha? Bem, a verdade não vem em stocks, se assim fosse então estaríamos perante uma verdade em fascículos ou então as ditas "verdades"...e porque a teríamos que restituir, afinal nada nasce torto? Acho que prefiro o "voltar a por", até porque assim parece que podemos estar a melhorar a verdade, repor pode parecer uma coisa "requentada" e já menos digna da verdade!
Este tema chegou aos meus ouvidos interrompido por diálogos familiares numa viagem de carro ao som de uma rubrica de rádio denominada o poder agridoce das palavras. Um poema que me pareceu muito interessante de um autor que até me tem feito pesquisar algumas vezes, vejamos:
Verdade (Carlos Drummond de Andrade)
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
O autor diz-nos que afinal a verdade resulta de meias verdades...e para não piorar a sensação de dúvida e desnorte, termina dizendo que cada um pode optar pela sua verdade de acordo com o que lhe apetece estar de acordo (passando a repetição).
Que confusão? Pois claro! Na verdade, isto de pensar verdadeiramente na verdade acabou por não me deixar esclarecido.
A verdade, neste caso em forma pequena, também já estava na minha mente e com um poema que creio ser da autoria de Francisco Javier Lopez Limon
São as pequenas verdades
As que guiam o meu caminho
Verdades brancas
Como a manhã
Que abre a janela do nosso destino
Como o teu olhar
Quando tu me olhas
Como a tua lembrança
Depois de partires
E agora que diria Carlos Drummond? As suas meias verdades são as pequenas? São em partes iguais? Brancas como a manhã!
Bem, "na ciência" as verdades apenas o são hoje, até ser demonstrado o oposto ou o mesmo, mas mais além. Será que se pode generalizar? Ah, na verdade..
Este tema, já agora, desperta-me alguma cogitação extra: verdade ou verdades? Será a verdade uma "coisa" que se reponha? Bem, a verdade não vem em stocks, se assim fosse então estaríamos perante uma verdade em fascículos ou então as ditas "verdades"...e porque a teríamos que restituir, afinal nada nasce torto? Acho que prefiro o "voltar a por", até porque assim parece que podemos estar a melhorar a verdade, repor pode parecer uma coisa "requentada" e já menos digna da verdade!
Este tema chegou aos meus ouvidos interrompido por diálogos familiares numa viagem de carro ao som de uma rubrica de rádio denominada o poder agridoce das palavras. Um poema que me pareceu muito interessante de um autor que até me tem feito pesquisar algumas vezes, vejamos:
Verdade (Carlos Drummond de Andrade)
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
O autor diz-nos que afinal a verdade resulta de meias verdades...e para não piorar a sensação de dúvida e desnorte, termina dizendo que cada um pode optar pela sua verdade de acordo com o que lhe apetece estar de acordo (passando a repetição).
Que confusão? Pois claro! Na verdade, isto de pensar verdadeiramente na verdade acabou por não me deixar esclarecido.
A verdade, neste caso em forma pequena, também já estava na minha mente e com um poema que creio ser da autoria de Francisco Javier Lopez Limon
São as pequenas verdades
As que guiam o meu caminho
Verdades brancas
Como a manhã
Que abre a janela do nosso destino
Como o teu olhar
Quando tu me olhas
Como a tua lembrança
Depois de partires
E agora que diria Carlos Drummond? As suas meias verdades são as pequenas? São em partes iguais? Brancas como a manhã!
Bem, "na ciência" as verdades apenas o são hoje, até ser demonstrado o oposto ou o mesmo, mas mais além. Será que se pode generalizar? Ah, na verdade..
Sem comentários:
Enviar um comentário