terça-feira, 5 de agosto de 2008

(A)manhã


É a pele de um novo dia, de uma nova esperança, de mais um dia, de ansiedade, do dia-a-dia, do desespero… do (lento) passar dos ponteiros num fundo cinzento.

São novos traços de um pincel numa folha branca, apenas preenchida por um sol que se espera que “o seja verdadeiramente” aquecendo e iluminando o papel. É um virar de página, num bloco de folhas em branco, com aquela marca d’água a altas temperaturas.

Outrora disseram que “o amanhã é sempre longe de mais”, por certo porque há sempre algo que desejamos que aconteça já amanhã, ou então é algo que não queremos fazer naquele instante e que relegamos não para amanhã, mas para uma outra “manhã” qualquer… é uma esperança manifesta, quer num caso, quer noutro até porque “tomorrow never dies”.

É sempre agradável esperar pela chegada de um (novo) amanhã, com a sua característica brisa que refrigera os ossos, mas que aquece a nossa componente não corpórea (alma? Quem sabe…).

Este exercício esperançado e fresco só se encontra completo no balanço do por-do-sol, quente, bafiento que contrapõe um inicio fresco de começo com um maçador calor de fim de tarde. Como diria “o outro”: há que aproveitar o “lusco-fusco” para, sob a forma de stand-by preparar o que virá depois...


Manhã, que em ti encerra

Este mar que não se altera,

este vento na galera

que teima em ti pousar.

Madrugada, de repente

Sou pássaro sou gente,

Tão distante e nunca ausente

E teimo em ti pousar.



Até amanhã

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas por vezes o amanhã é "longe demais" e ha coisas q ficam por dizer ou fazer... Ñ sei!! Seja cm for, push play e pd ser q o amanhã traga algo novo,diferente q ajude a ultrapassar a ansiedade do dia anterior...
Bjokas Ângela